Geração Olímpica e Paralímpica: Mari Santilli mira o pódio na paracanoagem em Paris

Na terceira edição da Paralimpíada que disputa, Mari mira o pódio nos Jogos da França, após ficar na sétima colocação em maio no Paramundial da Hungria. Em Paris, Mari vai disputar a prova de 200 metros individual da canoagem na categoria L3, de paratletas que tem uma das pernas amputadas.
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25/07/2024 - 09:00
Editoria

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A paracanoísta Mari Santilli, 46 anos, considera-se um gráfico humano. A carreira dela é uma sequência de altos e baixos. E, como a própria paratleta aponta, agora, às vésperas da Paralimpíada de Paris-2024, que será disputada de 28 de agosto a 8 de setembro, é hora do gráfico subir. Mari é a personagem da vez da série de reportagens Geração Olímpica e Paralímpica da Agência Estadual de Notícias (AEN), que mostra a importância do apoio do Governo do Paraná na carreira dos atletas, paratletas e técnicos que disputarão os Jogos de Paris-2024.

Na terceira edição da Paralimpíada que disputa, Mari mira o pódio nos Jogos da França, após ficar na sétima colocação em maio no Paramundial da Hungria, campeonato em que já conquistou o bronze nas duas edições anteriores, em 2022 e 2023.

“Eu sou um gráfico porque já subi e caí várias vezes. Isso deixa a gente resiliente. O importante é cair apoiada para sempre levantar de volta. E posso dizer: em algumas provas, eu ressuscito”, confia a paratleta curitibana. Ela perdeu a perna esquerda da coxa para baixo após um acidente de moto em 2006.

Em Paris, Mari vai disputar a prova de 200 metros individual da canoagem na categoria L3, de paratletas que tem uma das pernas amputadas. Na segunda quinzena de maio, ela viajou para Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, onde concluiu a preparação para a disputa dos Jogos com o técnico da seleção brasileira, Thiago Pupo.

Mais experiente em sua terceira Paralimpíada, Mari Santilli acredita que possa chegar ao bronze nos Jogos de Paris. Na primeira disputa, no Rio-2016, que marcou a estreia da paraconagem nos Jogos, ela não se classificou para as finais. Já em Tóquio-2021, a curitibana ficou em oitavo em um ano marcado por um salto técnico das competidoras, o que a deixou satisfeita com o resultado.

Agora em Paris, enfatiza Mari, é hora de buscar o topo. “Estou mirando a medalha de bronze porque reconheço que as atletas britânicas vão para a disputa muito acima de todas as outras”, afirma a representante brasileira. “Tive um tombinho há pouco no Mundial da Hungria dentro do meu gráfico. Mas até a disputa em Paris tudo pode mudar e o gráfico voltar subir novamente no momento exato”.

APOIO – Mari contou com apoio do Geração Olímpica e Paralímpica (GOP), do Governo do Paraná, ao longo de todo o ciclo da Paralimpíada de Tóquio em 2021 até os Jogos de Paris. Segundo ela, o GOP fez toda diferença na preparação para os Jogos. Sem o apoio do Governo do Estado, aponta a paratleta, seria muito difícil alcançar uma preparação de ponta como ela vem tendo.

Graças à bolsa-atleta do Geração Olímpica e Paralímpica e outros patrocínios que conta, Mari vem treinando com equipamentos de ponta e tem uma equipe multidisciplinar que a acompanha, com treinador, fisioterapeuta, nutricionista e médico.

“O Geração Olímpica e Paralímpica é um parceiro de todas as minhas conquistas. Se não tivesse apoio, teria que pensar muito antes de trocar meu remo, por exemplo, que custa R$ 2,5 mil. Pensaria muito para ter um fisioterapeuta, para ter minha suplementação especial. Com esse patrocínio, não penso. Vou lá e faço”, afirma.

“Se eu não atualizar meus equipamentos, fico para trás. Antes, por exemplo, eu treinava com uma canoa fora dos padrões, que tinha 23 quilos. Ano passado adquiri uma de 15 quilos, que me permite ganhar velocidade nas provas. Esse foi meu investimento para Paris”, compara.

COPEL – Até o final de 2024, o programa terá investido mais de R$ 55 milhões em bolsas financeiras para atletas e técnicos vinculados a instituições paranaenses (federações e escolas), atendendo desde jovens promessas a estrelas de renome internacional. A iniciativa é patrocinada pela Copel desde o início - e de forma exclusiva desde 2013.

Para o presidente da Copel, Daniel Slaviero, o apoio busca tornar o Paraná referência de esporte olímpico e paralímpico no Brasil, ao valorizar os atuais talentos do Estado. "Nós temos orgulho de apoiar, junto com o governo do Paraná, esses atletas e profissionais que por muito tempo vêm se preparando para um dos momentos mais significativos da história dos esportes. Estamos torcendo com toda energia”, comenta.

O programa abrange, além do pagamento mensal de bolsas financeiras a atletas e técnicos, recursos necessários para a execução e gestão das atividades previstas, confecção de uniformes, material de divulgação e promoção, infraestrutura de logística (hospedagem, alimentação e transporte), programas de treinamento e capacitação, bem como avaliações médicas e laboratoriais dos atletas.

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