A Fundação Araucária liberou R$ 87,6 milhões em 2022 para investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação. Os recursos foram direcionados a áreas estratégicas para o desenvolvimento socioeconômico e aumento de competitividade do Paraná.
Foram lançadas 23 Chamadas Públicas de Projetos (CP's) e 15 Processos de Inexigibilidade de Chamamento Público (PI's). Do total de investimentos, os recursos da Araucária somaram R$ 62,6 milhões e os R$ 24,9 milhões restantes vieram de parceiros.
Entre as áreas beneficiadas pelos investimentos estão agronegócio, energia sustentável/renovável, biotecnologia e saúde, cidades inteligentes, transformação digital e desenvolvimento sustentável.
De acordo com o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, o trabalho foi realizado utilizando a alta qualificação da chamada quádrupla hélice, formada por academia, empresas, setor público e sociedade civil organizada. “O objetivo do governo paranaense é incentivar novas soluções e ideias que ajudem no desenvolvimento do Estado”, diz.
Além de fomentar e disseminar a ciência, tecnologia e inovação e investir na formação de pesquisadores, a instituição se destacou em 2022 com o fortalecimento de parcerias internacionais e com a promoção do II Fórum Brasil & China.
Outra ação relevante foi a criação do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos, que oferece 50 bolsas e, até o momento, já recebeu nove pesquisadores no Estado. O programa conta com R$ 18 milhões em recursos e é desenvolvido em parceria com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
"O programa foi criado para acolher e integrar as cientistas ucranianas na comunidade paranaense e também prevê colaborações futuras para a reconstrução e fortalecimento da economia ucraniana por meio da ciência e inovação", afirma Wahrhaftig.
NOVOS PROJETOS – Outro destaque de 2022 foi a criação da Cátedra Araucária para o Desenvolvimento Territorial Sustentável do Eixo Capricórnio, que é fundamentada na teoria dos bens comuns nas áreas de engenharia, gestão do conhecimento e educação digital. Mais de 30 instituições de estados e países englobados pelo Eixo Capricórnio assinaram o protocolo de intenções de criação da Cátedra.
A Fundação Araucária também investiu no aprimoramento da plataforma iAraucária, que permite identificar e localizar pesquisadores, suas produções científicas e técnicas, diferentes perfis de formação e de atuação. Atualmente a plataforma possui 600 pesquisadores.
PARCERIAS – Além das parcerias internacionais, a Fundação Araucária deu continuidade às colaborações com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e com o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Com a primeira instituição foram realizadas chamadas públicas como Amazônia +10, que apoia pesquisas que contribuam para a resolução de problemas prioritários para o avanço sustentável na região amazônica. Já com a Fiep, foi promovido o segundo ciclo do projeto para a construção coletiva de rotas estratégicas regionais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Paraná, que englobou os ecossistemas do Sudoeste, Norte Pioneiro, Noroeste, Centro-Sul e Campos Gerais. São nove ecossistemas no total.
"Também aplicamos várias ações para fortalecer os ecossistemas de inovação seguindo as características dos NAPIs - Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação. A prioridade é a condução da produção de conhecimento de forma colaborativa pelos pesquisadores paranaenses com base em demandas reais de desenvolvimento de setores estratégicos para o Estado”, explica o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.
Até o momento existem cerca de 30 NAPIs em diferentes estágios de criação e funcionamento. Eles são direcionados para atender demandas setoriais, regionais e estaduais, de forma integrada, para melhorar o aproveitamento de ativos já existentes. A ênfase do trabalho está na melhor mobilização e integração entre território, empresas líderes, terceiro setor e fatores-chave de desenvolvimento das regiões do Estado.