Nesta terça-feira (24), um grande volume de fumaça pode ser visto na direção do Parque Vila Velha, nos Campos Gerais. A fumaça, que pode também chamar a atenção de quem passa pela BR-376, é decorrente da queima controlada no local.
A técnica é utilizada pelo Instituto Água e Terra (IAT) para combater a proliferação de espécies exóticas invasoras, que prejudicam o crescimento da vegetação nativa da Unidade de Conservação (UC). A ação é coordenada pelo órgão, vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), e executada pela Soul Vila Velha que, como concessionária do parque, é responsável pela gestão operacional do local.
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A Unidade de Conservação não abre para visitação pública nas terças-feiras e, portanto, o incêndio controlado não interfere no bem-estar dos turistas. “Essa prática promove a manutenção da biodiversidade e das características originais da fitofisionomia do Parque”, destaca o chefe da Unidade de Conservação por parte do IAT, Juarez Baskoski.
OPERAÇÃO – A queima controlada acontece até as 17 horas desta terça-feira (24), em cerca de 25 hectares de vegetação às margens da entrada do Parque até o Santuário de Vila Velha. A área delimitada está há três anos sem o controle das espécies invasoras.
De acordo com o chefe da Unidade pelo IAT, a queima controlada é um complemento da ação já realizada no mês passado. “No mês passado, não foi possível realizar a técnica em toda a área que pretendíamos, então estamos dando sequência a esse trabalho”, disse Baskoski. A operação conta com apoio do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, UEPG, voluntários da Associação de Moradores do Jardim Vila Velha e voluntários da Escola Civil de Ponta Grossa.
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MANEJO – A técnica com utilização do fogo, prevista no Plano de Manejo do Parque, é feita desde 2014 em Vila Velha. “Este controle de plantas exóticas é feito com muita técnica e planejamento. Existem duas formas de se combater as espécies invasoras, por poda ou queima. Escolhemos a queima porque, diferentemente da poda, ela propicia a recuperação e o crescimento das espécies nativas”, explicou Fernanda Haura, coordenadora de Operações da Soul Vila Velha.
Este procedimento só pode ser feito durante o inverno, entre maio e agosto, quando os pássaros da região não estão em período reprodutivo e não existem ninhos nos campos. “O fogo é iniciado onde bate o vento contrário, para que ‘caminhe’ numa velocidade lenta. E do outro lado é o contrafogo, a favor do vento, para extinguir no meio do talhão, onde se encontram os dois fogos”, explicou Juarez. “Nas próximas semanas, os visitantes já poderão encontrar um espaço totalmente cheio de vida”, disse Leandro Ribas, gestor da Soul Vila Velha.