O Governo do Estado vai promover em maio fóruns regionais em seis municípios para debater com entidades do setor agropecuário as ações necessárias para solicitação e reconhecimento do status de Área Livre de Febre Aftosa, sem Vacinação.
Os eventos acontecem nas cidades de Paranavaí (dia 14), Cornélio Procópio (15), Curitiba (16), Guarapuava (21), Pato Branco (22) e Cascavel (23).
A promoção dos Fóruns tem o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento; Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Ministério da Agricultura, Sistema Faep/Senar, Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Emater e Sistema Ocepar, além de entidades locais que apoiam com recursos físicos, como a Prefeitura Municipal de Paranavaí, Sociedade Rural de Cornélio Procópio, Fiep, Unicentro e Sociedade Rural de Pato Branco.
RANKING NACIONAL – Segundo o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, o Paraná ocupa a primeira posição do ranking nacional na produção e exportação de frango de corte, e a terceira posição na produção de carne suína. As duas cadeias têm grande importância econômica para o Estado, e geram emprego e renda. A suinocultura, assim como a bovinocultura de corte, tem grande potencial de crescimento com o advento da suspensão da vacina contra febre aftosa, ao agregar valor aos seus produtos.
As ações de defesa agropecuária no Paraná vêm se aprimorando há muitos anos, atuando na fiscalização dentro das propriedades, no trânsito animal e nas indústrias que do setor de produtos de origem animal, além da realização de diagnósticos importantes para que as ações sejam efetivas e oportunas.
O serviço oficial do Estado conta ainda com parcerias estabelecidas com a iniciativa privada, universidades do Estado, e sociedade em geral, que sabem sua responsabilidade na troca de informações e apoio para que as ações de defesa agropecuária sejam eficazes. “Um dos principais pilares para um bom serviço de defesa agropecuária é a vigilância passiva, com a notificação por parte de médicos veterinários, responsáveis técnicos, academia, laboratórios e produtores rurais de qualquer suspeita de doença de interesse da defesa sanitária animal de forma rápida”, diz Rafael Gonçalves Dias.
ÚLTIMA CAMPANHA - A suspensão da vacina contra febre aftosa pelo Paraná, que pertence ao bloco V conforme definição do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), foi pleiteada pelo Estado para que a última campanha de vacinação seja em maio de 2019.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento entendeu, após duas auditorias no serviço veterinário oficial do estado, que o Paraná tem condições de suspender a vacinação e buscar o status de livre sem vacinação.
Entretanto, este processo gera algumas mudanças, principalmente no trânsito interestadual de animais de produção, a exemplo da proibição do ingresso de animais vacinados no Estado. Assim, todas as alterações devem ser comunicadas estrategicamente, antes de encerrar a campanha de vacinação de maio, a toda a sociedade, em especial aos agentes ligados ao agronegócio.