A Fomento Paraná vai fechar 2020 como o melhor ano da história da empresa em contratação de crédito, com mais de R$ 555 milhões aprovados. De janeiro a outubro, são R$ 290 milhões em crédito concedido para empresas e empreendedores instalados em 381 dos 399 municípios paranaenses. Outros R$ 265,5 milhões foram contratados por 80 municípios, para obras públicas e de infraestrutura.
“O volume de operações é tão grande que pela primeira vez, em 21 anos de história, a instituição consumiu totalmente os limites de crédito estipulados pelo BNDES para repasse de recursos”, destaca o diretor-presidente instituição, Heraldo Neves.
Dados do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social mostram que a Fomento Paraná está entre os agentes financeiros que mais contrataram operações pela linha BNDES Crédito Pequenas Empresas, nos últimos 15 dias, em operações com empresas de pequeno porte. Essa linha disponibiliza recursos para capital de giro para empresas de micro, pequeno e médio porte.
“São números excelentes para a economia paranaense. Certamente não teríamos conseguido processar tantas propostas se não fossem nossas parcerias com as prefeituras municipais, associações comerciais, federações e outras entidades que atuam como correspondentes ou agentes de crédito”, comenta Neves. “Além, é claro, do trabalho incansável dos nossos colaboradores, que fizeram uma grande força-tarefa para dar conta do volume de propostas, que desde abril já passa de 59 mil pedidos.”
“Esses valores mostram que conseguimos pulverizar a oferta de crédito barato para apoiar os empreendedores, especialmente as micro e pequenas empresas, que são as maiores geradoras de empregos”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Estamos muito satisfeitos com a ação da Fomento Paraná, que mostrou-se uma ferramenta excepcional para apoiar os pequenos negócios durante o período mais crítico da pandemia da Covid-19, quando boa parte dos estabelecimentos comerciais fechou as portas e perdeu receitas.”
MUNICÍPIOS - Com mais de R$ 14,8 milhões em empréstimos e financiamentos concedidos que atenderam 2.380 empreendimentos, o município de Foz do Iguaçu, na fronteira Oeste, foi o maior beneficiário do crédito fornecido pela Fomento Paraná em todo o Interior do Estado, de janeiro a outubro. O valor equivale ao fornecimento de um crédito per capita de R$ 57,44 por habitante da cidade e um valor médio de R$ 6.224 por empreendimento atendido.
Os 20 municípios que mais obtiveram crédito da instituição financeira estadual para seus empreendedores, nesse período, contrataram acima de R$ 2 milhões cada um. Somente na Capital foram contratados R$ 63,5 milhões. A relação reúne as maiores cidades do Estado, todas com mais de 250 mil habitantes, como Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e São José dos Pinhais. E outras bem menores, que tiveram excelente desempenho e grande procura por crédito, como Loanda (23 mil habitantes), Pitanga (29 mil) e Marechal Cândido Rondon (53 mil).
(Confira
a relação dos 20 municípios que mais tiveram operações de crédito junto à Fomento Paraná no período).NOVAS CAPTAÇÕES - Segundo o diretor-presidente, a instituição está em tratativas com BNDES visando aumentar o limite de crédito. “Estamos num ritmo muito bom, mas é como se estivesse acabando o combustível no meio da corrida. Precisamos de mais limite para podermos atender algumas centenas de empresas que ainda estão na fila, com projetos em fase de análise”, completa o diretor.
“Paralelamente estamos trabalhando em processos para captar recursos em outras fontes, como a Caixa Econômica Federal, e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outras instituições, que nos permitirão expandir a oferta das linhas de crédito, bem como o Ministério do Turismo, para trazer mais recursos do Fungetur para apoiar o segmento de turismo, que foi muito afetado pela pandemia”, acrescentou Neves.
Além do crédito concedido ao longo do ano, a Fomento Paraná também proporcionou uma moratória com suspensão de pagamentos e renegociação de contratos, para alongamento de prazos e redução do valor das parcelas, no setor privado, o que representa mais de R$ 32 milhões que a empresa deixou de receber e manteve em circulação na economia, ou no caixa das empresas. No âmbito do setor público, outros R$ 123 milhões deixaram de ser pagos pelos municípios que solicitaram moratória de 180 dias para quitação de financiamentos contratados para obras públicas.
“É um volume significativo de recursos que as prefeituras puderam direcionar para outras ações, em especial na área da saúde, para atendimento de pacientes, prevenção e combate à Covid-19”, afirma o diretor de Operações do Setor Público, Wellington Dalmaz. “Essa possibilidade de moratória para municípios continua disponível até dezembro, como parte do esforço do Estado para apoiar os municípios e pela Lei Complementar 173.”
OFICINA DE BICICLETAS E RESTAURANTE - Um dos microempreendedores beneficiados com o crédito da Fomento Paraná nesse período é Nelci Alves Correia, morador de Foz do Iguaçu, onde mantém uma oficina de bicicletas e também vende acessórios. Aproveitando a oportunidade oferecida pela Fomento Paraná, em parceria com a Prefeitura de Foz do Iguaçu, que criou o programa Foz Juro Zero, ele obteve um crédito da linha Paraná Recupera e adquiriu mais produtos para vender e até aumentou o espaço de atendimento, porque a procura cresceu durante a pandemia.
“Comprei sprays, adesivos e também água mineral e refrigerantes para oferecer aos clientes enquanto eles esperam pelo serviço, e ainda algumas peças para motocicletas. Tudo para aumentar as vendas e manter o negócio”, conta Nelci, que recebeu apoio de uma consultoria do Sebrae para incrementar a oficina.
Outro beneficiado pelo crédito foi o restaurante Jeito Mineiro, localizado no Centro Histórico de Curitiba, que obteve um financiamento da linha Fomento Turismo, com recursos do Fungetur. Fundado em 2008, o estabelecimento serve pratos da culinária mineira com toques de outras regiões do País.
Segundo Maria Lopes Bonamigo, uma das proprietárias do Jeito Mineiro, o crédito ajudou a criar uma nova linha de produtos congelados, que será vendida em mercados e também pela internet. “O crédito foi essencial para a construção desse sonho. O projeto começou em 2016 e só agora saiu do papel, graças ao financiamento da Fomento Paraná”.