A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.) faturou R$ 9 milhões nos três primeiros meses de 2019, melhor resultado de um primeiro trimestre de sua história. Nesse período passaram pelos 250 quilômetros do trecho entre Cascavel e Guarapuava 308.137 toneladas de produtos, sendo 205.086 de granéis – pela primeira vez esse trimestre, que contempla a colheita da safra de soja, alcança a marca de pelo menos 200 mil toneladas.
O faturamento no trimestre significa crescimento de 26,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Também representa uma evolução de 78,7% em relação a 2008. Houve aumento significativo no volume de carga transportada, com salto de 262.939 toneladas em 2017 para 308.137 toneladas em 2019, balanço positivo de 17%. O resultado da Ferroeste aponta crescimento em todos os segmentos: granéis, produtos industrializados e contêineres.
A empresa, que tem o Governo como principal acionista, havia faturado R$ 3,12 milhões em fevereiro deste ano, maior resultado para um único mês de sua história.
MERCADO E DEDICAÇÃO - Para o diretor-presidente da Ferroeste, André Luiz Gonçalves, o desempenho da empresa leva em consideração o corredor de exportação dos produtos e ações estratégicas na operação logística. “O resultado soma o bom cenário do mercado, ações pontuais de logística e especial dedicação de todos os nossos colaboradores. Esse conjunto foi fundamental para obtermos resultado tão expressivo como esse no início de uma nova gestão”, afirma Gonçalves.
Gonçalves destaca que a Ferroeste deve manter esse desempenho em abril, com expectativa de pequena queda no segundo semestre. Mesmo assim, a empresa espera faturar acima do projetado para 2019 (R$ 24,712 milhões) e diminuir o deficit acumulado dos últimos anos, grande gargalo da expansão da operação pelo Paraná. “Estamos trabalhando com várias alternativas e novos clientes para aumentar o tráfego interno e esperamos zerar o deficit financeiro, que é a maior meta nesse primeiro ano”, completa o diretor-presidente.
O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, afirma que o faturamento é resultado da combinação de gestão eficiente, corpo técnico competente e valorização do frete. “Por determinação do governador Ratinho Junior implementamos uma gestão profissional, que otimizou as máquinas, colocando em operação algumas que estavam fora de serviço, e soube valorizar o frete”, destaca. “O objetivo do governador é tirar a Ferroeste da situação em que se encontrava e o balanço mostra que a equipe trilha o caminho correto”.
INFRAESTRUTURA – André Luiz Gonçalves também destaca o ambiente de confiança no setor e o planejamento de médio e longo prazos. A Secretaria de Infraestrutura e Logística e a Ferroeste preparam o projeto da nova ferrovia, que vai ser uma conexão do corredor bioceânico almejado pelo governador Ratinho Junior, e a nova descida pela Serra do Mar em direção ao Porto de Paranaguá.
Infraestrutura e logística são prioridades do Governo. Em apenas três meses Ratinho Junior e a Secretaria de Infraestrutura e Logística já acertaram com o governo federal a licitação de quatro aeroportos (São José dos Pinhais, Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu), a concessão de 1.000 quilômetros de rodovias estaduais e das rodovias que fazem parte do Anel de Integração (a partir de 2021) e a gestão da segunda ponte entre Foz do Iguaçu e o Paraguai.
O projeto mais ambicioso é o corredor bioceânico entre o Porto de Paranaguá e o Porto de Antofagasta, no Chile, que transformará o Paraná em um hub logístico da América do Sul. A ideia já foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro; ao presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez; ao diretor-geral brasileiro da Itaipu, Joaquim Silva e Luna; ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; ao presidente do BNDES, Joaquim Levy; e aos embaixadores da China (Yang Wanming) e de Israel (Yossi Shelley). A ligação de 2,5 mil quilômetros facilitará o escoamento da produção regional e de todo o cone sul para o mercado asiático.
“Estamos implantando na Secretaria, nos Portos do Paraná, no DER e na Ferroeste um novo modelo. Os números são positivos, mostram eficiência”, diz Sandro Alex. “Isso tudo é fruto do trabalho em equipe”.