Um dos maiores eventos do setor no Brasil, a Feira da Louça de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, volta a ser realizada com apoio do Governo do Paraná depois de três anos. A abertura aconteceu na tarde desta quinta-feira (31) e contou com a presença do vice-governador Darci Piana, e do prefeito Maurício Rivabem. A retomada acontece após a paralisação da exposição em decorrência da pandemia de Covid-19 em 2020 e 2021 e da falta de insumos em 2022 durante a crise logística mundial pós-crise sanitária.
“A Feira de Louça volta a fazer seu papel, que é de divulgar aquilo que é produzido em Campo Largo. E isso tem tudo a ver com o crescimento do Estado, com o crescimento da nossa economia. Essa exposição mostra peças com DNA do Paraná”, destacou Piana.
Em 11 dias de evento, de 31 de agosto a 10 de setembro, a 30ª edição da feira estima receber 100 mil visitantes, volume que é mais do que o dobro da última exposição, quando 40 mil pessoas passaram pela feira. A Feira da Louça 2023 tem 50 expositores e acontece no City Center Outlet Premium, shopping à margem da rodovia BR-277 sentido interior do Estado.
O diretor-geral da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Christiano Puppi, que também esteve na abertura, destacou que a volta da Feira da Louça acontece em momento de crescimento da economia paranaense, cujo PIB evoluiu 9,16% no primeiro trimestre.
“Essa é a feira mais longeva da Região Metropolitana de Curitiba e mais que isso, contempla o DNA do campolarguense. A louça produzida em Campo Largo tem um diferencial, um valor agregado, que é o fato de ser produzida praticamente de forma artesanal. Por isso é um segmento histórico e tradicional do município, que tem uma temática de empregabilidade na cidade muito significativa”, disse Puppi.
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Reconhecida como Capital da Louça, Campo Largo produz cerca de 2,5 milhões de peças de porcelana e 500 mil de cerâmica ao mês, o que dá uma produção de 36 milhões de unidades das duas matérias-primas. O peso do setor para a economia do município e do próprio Estado se prova pelo número de empregos. De acordo com o Sindlouça, entidade que representa o segmento, as indústrias empregam 2,5 mil trabalhadores diretamente e mais 1,5 mil indiretamente.
Os números também mostram a importância da indústria campolarguense no cenário nacional. Estima-se que 75% da louça técnica utilizada em hotéis, bares e restaurantes de todo o Brasil seja produzida na cidade da Região Metropolitana.
“Essa é a primeira vez que temos o apoio institucional do Governo do Estado, o que foi fundamental para a retomada da Feira da Louça. O apoio institucional, sem dúvida, foi o que conseguiu alavancar e trazer novamente aquela força que precisávamos depois de anos de dificuldades”, destacou Fabio Germano, presidente do Sindlouça.
A feira tem apoio do Estado através da Fomento Paraná, Sanepar, Secretaria Estadual de Turismo e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), além das federações da Indústria (Fiep) e do Comércio (Fecomércio).