Evento na Lapa marca o Dia
Mundial de Combate à Tuberculose

O evento contou com a participação de cerca de 60 profissionais que atuam nos serviços de referência em tuberculose em todo o Estado. O objetivo foi contribuir para a melhor qualidade de atenção em saúde e para a eliminação da doença no Paraná.
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22/03/2019 - 18:10
Editoria

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Em alusão ao Dia Mundial da Tuberculose - 24 de março - o Hospital Regional da Lapa São Sebastião, que faz parte de rede de hospitais e unidades próprias da Secretaria Estadual da Saúde, promoveu Workshop sobre Manejo Clínico da Tuberculose. O evento contou com a participação de cerca de 60 profissionais que atuam nos serviços de referência em tuberculose em todo o Estado. O objetivo foi contribuir para a melhor qualidade de atenção em saúde e para a eliminação da doença no Paraná.

Na palestra de abertura a equipe da Secretaria (Divisão de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Hepatites Virais e Tuberculose) apresentou um panorama sobre a doença no estado.

Outros temas foram abordados pelos palestrantes convidados como Tuberculose e Saúde Mental, Estratégias no manejo do paciente durante e após o tratamento e Tuberculose Droga-Resistente.

Após o Workshop, os participantes foram convidados a conhecer o hospital, que em 2018 completou 91 anos. Inaugurado em 30 de outubro de 1927, o Hospital conta com as alas de tisiologia masculina, tisiologia feminina, clinica médica (pequena e média complexidade), além de ambulatório. Foi o primeiro hospital construído no Brasil para tratamento específico da tuberculose.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo. No Brasil, a cada ano são diagnosticados cerca de 70 mil casos novos de tuberculose e mais de 4 mil mortes em consequência da doença, conforme o Ministério da Saúde.

No ano passado o Paraná registrou aumento no número de casos: em 2017 foram registrados 18,5 casos por 100 mil habitantes e, em 2018, passou para 21,2 por 100 mil habitantes. Em 2018 foram registrados 2.408 novos casos de tuberculose, com 950 notificações de tratamentos de infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis.

SISTEMA - O Paraná foi pioneiro na criação de um sistema de vigilância e tratamento da infecção latente. O sistema implantado pela Secretaria serviu de modelo para o Programa Nacional  de Controle da Tuberculose (PNCT) do Ministério da Saúde lançado ano passado. A implantação do Sistema IL-TB do PNCT está sendo feita de forma gradativa e a expectativa é que até o fim do ano todos os municípios já estejam capacitados e utilizando o novo sistema.

O Programa Estadual de Controle da Tuberculose reforça a necessidade de trabalhar com duas abordagens no controle da tuberculose. A primeira abordagem busca os sintomáticos respiratórios para diagnosticar, tratar e interromper a cadeia de transmissão, e a segunda, busca notificar e tratar a infecção latente para prevenir que pessoas que tiveram contato com o bacilo venham desenvolver a doença ativa. Para o controle da doença é fundamental que as duas abordagens sejam realizadas em todo o Estado.

TUBERCULOSE - A doença é transmitida pelo ar, espirro ou tosse da pessoa infectada. Os sintomas são tosse seca ou produtiva por 3 semanas ou mais, febre no final da tarde, sudorese, fraqueza, emagrecimento e cansaço. Por isso a importância de manter os ambientes arejados com a entrada de luz solar. O diagnóstico pode ser realizado em qualquer Unidade Básica de Saúde e a pessoa que apresentar os sintomas deve procurar o médico ou o enfermeiro e solicitar o exame de escarro. 

O tratamento começa após a confirmação laboratorial, tem duração de 6 meses e os medicamentos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde. Após aproximadamente 15 dias de tratamento, o paciente apresenta melhora dos sintomas, mas é importante fazer o tratamento integral que na maioria dos casos dura 6 meses. O uso inadequado ou insuficiente dos medicamentos pode desenvolver a tuberculose resistente.

Em relação a prevenção da tuberculose, é preciso tratar as pessoas infectadas para quebrar a cadeia de transmissibilidade, bem como os seus contatos. A vacina BCG aplicada logo ao nascimento do bebê protege contra as formas mais graves da doença e está disponível em toda a rede pública de saúde.

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