Etapa paranaense da Copa
dos Refugiados será dia 29

Serão oito seleções formadas por migrantes e refugiados de 8 nacionalidades que disputarão nos dias 28 e 29 o direito de participar da fase final no Maracanã, no Rio de Janeiro.
Publicação
11/09/2019 - 13:40

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Estão definidas as datas e locais dos jogos da etapa curitibana da Copa do Mundo dos Refugiados 2019, evento promovido pela Ong África do Coração com apoio institucional da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e Organização Internacional para as Migrações (OIM).

As fases preliminares serão no dia 28 (sábado), no Centro de Educação Física e Desporto (CED), da Universidade Federal do Paraná, no Jardim das Américas. Já as disputas de terceiro e quarto lugares e a grande final serão domingo (29), no Estádio do Pinhão, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

A competição acontece desde 2014 no Brasil, com o objetivo de promover a integração social dos migrantes e refugiados que encontraram aqui a esperança de reconstruir suas vidas.

Participam da etapa paranaense times formados por imigrantes e refugiados dos seguintes países: Haiti, Venezuela, Argentina, Colômbia, Congo, Nigéria, Bolívia e Peru. A seleção campeã ganhará a taça e uma viagem ao Rio de Janeiro para disputar a final nacional, no Maracanã, em novembro.

“O Governo do Paraná é parceiro no combate ao racismo e à xenofobia. E esta Copa é uma excelente oportunidade de integração e de congraçamento para essas pessoas que escolheram Curitiba para viver”, diz o secretário Ney Leprevost.

A etapa paranaense conta ainda com apoio e colaboração da Superintendência de Esporte do Paraná, Caritas Regional, UFPR, OAB/PR, Federação Paranaense de Futebol e da Prefeitura de São José dos Pinhais.

ATENDIMENTOS NO PARANÁ - Em quase três anos de funcionamento, cerca de 9.600 estrangeiros que buscam uma nova oportunidade de vida no Brasil foram atendidos no Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná (Ceim-PR), vinculado ao Governo do Estado. Apenas em 2019 já foram 2.820 atendimentos.

São registros de mais de 40 nacionalidades, com destaque para Haiti, Cuba, Síria e Venezuela. São populações que vivenciam crises humanitárias motivadas por tragédias naturais ou crises políticas, como o terremoto que atingiu o Haiti em 2015, as ditaduras enfrentadas por venezuelanos e cubanos e a guerra civil síria, que começou em 2011.

O Centro oferece orientação e acesso às diversas políticas públicas do Estado, acolhe e orienta os imigrantes e faz os encaminhamentos necessários – como, por exemplo, auxílio para buscar um emprego.

Para o secretário Ney Leprevost, o papel do Estado é oferecer condições dignas para que essas pessoas consigam, no Brasil, uma nova oportunidade. “As 28 etnias que colonizaram o Estado nos séculos 19 e 20 – alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses entre eles – trouxeram na bagagem seus costumes e tradições e ajudaram a construir o Paraná de agora”, afirmou.

Hoje, diz o secretário, são outros povos que buscam abrigo aqui. “Muitos migrantes estão fugindo de governos ditatoriais ou de situações de calamidade pública e extrema pobreza. Aqui, temos a missão de encaminhá-los para assistência jurídica, mercado de trabalho e atendimento socioassistencial”, acrescentou.

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