A etapa de perfurações e detonações das obras de derrocagem da Pedra da Palangana foi concluída pela Portos do Paraná nesta semana. A obra segue com a remoção, britagem e destinação das rochas aos sete municípios do Litoral do Estado. A previsão é que as atividades estejam 100% concluídas até janeiro de 2022.
Esta era a etapa mais delicada para os órgãos e entidades que acompanham a execução. “Felizmente, desde o dia 6 de setembro, quando iniciamos, tudo ocorreu dentro da normalidade, sem contratempos”, comenta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
A Portos do Paraná está removendo seis pontos mais altos do maciço rochoso, somando um volume de 22,3 mil m³, o que corresponde a 12% do total de 200 mil metros cúbicos que tem a Palangana. O valor da obra chega a R$ 26 milhões, investidos com recursos próprios da empresa pública.
Segundo os empreiteiros responsáveis pela obra, somente se houver alguma ponta acima da cota haverá novas detonações, mas de pequenas proporções.
“A derrocagem está avançando em um ritmo muito bom. É uma obra muito esperada pela comunidade portuária como um todo, pela segurança que trará à navegação pelo canal de acesso aos portos paranaenses, além do ganho operacional”, diz o executivo.
Finalizada a obra, a empresa fará uma batimetria, atividade que mede a profundidade da área e é usada para garantir a segurança e a eficiência do tráfego de embarcações.
Os resultados desta medição serão encaminhados à Marinha para validação e determinação de um novo calado operacional, que corresponde à altura de água necessária para o navio flutuar livremente.
Além da melhoria na segurança da navegação, há redução do tempo de espera para as manobras de atracação e desatracação e, consequentemente, um incremento nas janelas operacionais – que é o período em que os navios têm condições de manobrar.
A remoção das rochas é realizada com o auxílio de uma draga mecânica equipada, com guindaste e grab (concha) ou escavadeira, que recolhem os pedaços menores das rochas e os depositam em uma barcaça com cisterna. Já em terra, as rochas serão recicladas através de britagem e doadas.
INFRAESTRUTURA – Para se manterem competitivos no cenário logístico e portuário, a administração dos portos paranaenses tem investido em infraestrutura portuária. “A derrocagem não é a única obra em andamento nesse importante pilar da nossa gestão portuária”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Como detalha o diretor de engenharia e manutenção da Portos do Paraná, André Cassanti Neto, entre as obras de infraestrutura marítima em andamento estão a continuidade da dragagem de manutenção e a dragagem dos dolfins (estrutura de amarração, no berço 219, utilizada para os navios de cargas rolantes – Ro-Ro/PCC).
Dentro do Programa de Dragagem Continuada, como destaca Cassanti, a empresa também realiza obra no canal de acesso ao Porto de Antonina (Delta 1), berço interno do píer público de inflamáveis (Charlie 3 – Interno) e o canal de acesso ao Porto de Paranaguá (Bravo 2).
“Desde o início do ano já dragamos os berços de atracação do Porto de Paranaguá (Charlie 2) e o canal de acesso (áreas Alfa e Bravo 1) do Porto de Paranaguá, retirando um total de cerca de 1,4 milhão de metros cúbicos”, afirma o diretor.
A Portos do Paraná ainda investe em projetos de melhoria da sinalização náutica e balizamento, para manter a segurança da navegação nos portos paranaenses, e na contratação de estudo para readequar as áreas de fundeio (onde as embarcações aguardam) existentes para atender a demanda atual e futura.
