A parnanguara Vitória Mariano, estudante de Direito e estagiária da Procuradoria de Contencioso da Diretoria Jurídica da Portos do Paraná, acaba de lançar seu primeiro livro, “A Queda das Margaridas – Volume 1”, publicado pela Editora Viseu, de Maringá. Ela é outro exemplo de dedicação à arte na estrutura portuária. No fim do mês passado a história do guarda Amilton Lourenço, que terá uma obra exibida em uma galeria anexa do Museu do Louvre, em Paris, ganhou as manchetes e redes sociais.
Todo o enredo se passa no estado norte-americano da Califórnia. A história acompanha a personagem fictícia Lívia Leblanc e uma paixão por um homem mais velho. O texto aborda relações abusivas na sociedade, principalmente as amorosas. “A personagem tem muito de mim, o reflexo da minha personalidade. Eu não queria que fosse um romance como qualquer outro porque eu bato muito no ponto da relação abusiva, não só o relacionamento romântico, mas de família também”, afirma.
O cenário também é fruto de uma experiência anterior de Vitória. “Eu fiz um curso de extensão online na Universidade da Califórnia, achei legal a dinâmica do curso e comecei a pesquisar mais sobre a universidade, fui olhando melhor esse ambiente e como não tinha um lugar específico para a história achei que seria uma boa ambientação”, complementa.
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De acordo com a escritora, o livro começou a ser pensado há seis anos. Ela escreveu uma versão, não gostou do resultado, e refez o texto até chegar no resultado final. “Achei que não passou a mensagem que eu queria e aí eu reformulei ele para passar aquilo que eu estava esperando, para mostrar aquilo que realmente está na cara da gente nessa versão da história e, agora, ele foi lançado com outro nome e outra cara”, justifica.
O tema, segundo ela, é fruto de um processo de compreensão dos seus estudos. “A gente acha que é muito fácil olhar de fora para uma relação abusiva, mas a gente não vê como a pessoa que está dentro se sente. Ela está numa relação amorosa e não consegue enxergar o que está acontecendo e acaba se culpando por tudo o que acontece, o que tem muito a ver com algumas das relações atuais. É isso que eu exploro nesse livro”, aponta.
No momento, ela está no terceiro ano de Direito na Universidade Tuiuti do Paraná. “Estudar Direito me ajudou bastante. Meu professor de Direito Penal, Murilo Pereira Jorge, me inspirou muito”, diz a estagiária. “Desde pequena, sempre gostei e sempre me dei bem com a escrita. Nas aulas de português, sempre foi minha área, sempre gostei de escrever. Fui juntando as peças e cheguei nessa versão”, relembra. Ela já prepara o Volume 2.