Estado solicita que Ministério da Saúde reavalie quantidade de vacinas ao Paraná

Estado enviou nesta semana uma nota técnica explicando, entre outros pontos, o número de profissionais da saúde envolvidos diretamente com a pandemia do novo coronavírus. Quantidade de trabalhadores passou de 272 mil para 303 mil.
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27/01/2021 - 11:20
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O Governo do Estado enviou nesta semana uma nota técnica ao Ministério da Saúde solicitando uma reavaliação no número de doses da vacina contra a Covid-19 que está sendo encaminhado ao Paraná. De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, um dos critérios usados pelo Governo Federal para validar a divisão dos imunizantes é o número de trabalhadores da saúde.

Segundo ele, pelo fato de o Estado ter apenas um equipamento federal, o Hospital de Clínicas, em Curitiba, estaria em desvantagem em relação a outras unidades da Federação com proporção populacional semelhante, como é o caso do Rio Grande do Sul. O governador falou sobre o assunto nesta quarta-feira (27) durante entrevista para a rádio Jovem Pan e a RIC TV.

“Estamos em contato permanente com o Ministério da Saúde para ampliar o repasse de doses para o Paraná. Pelo nosso cálculo, recebemos um pouco menos. Telefonei para o ministro Eduardo Pazuello no sábado (23) e ele se mostrou solícito. Disse que se existir qualquer tipo de erro, o Paraná será recompensado automaticamente”, explicou o governador.

O documento disponibilizado ao MS revelou, após recontagem por parte da Secretaria da Saúde com base na ampliação do leque feita pelo próprio ministério, que o Paraná conta com aproximadamente 303 mil profissionais da saúde. O número é 11,5% superior à primeira versão, que continha 272 mil trabalhadores.

Até o momento, o Governo do Estado recebeu 391.700 doses, divididas em dois lotes da Coronavac e um da AstraZeneca. Já o Rio Grande do Sul garantiu 511,2 mil vacinas no mesmo período. Em relação à população, de acordo com a mais recente estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná soma 11.516.840 habitantes, pouco superior ao estado vizinho, que tem 11.422.973 moradores.

“O nosso quadro da saúde é bem diluído justamente pelo fato de não ter tantos hospitais federais. É essa a conta que mostramos ao Ministério para ter acesso a mais doses como forma de fazer justiça a uma distribuição de forma igualitária”, ressaltou.

LOGÍSTICA – Ratinho Junior destacou, também, a agilidade da equipe da Secretaria de Estado da Saúde no repasse dos imunizantes para os 399 municípios paranaenses. A primeira remessa com vacinas produzidas pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, lembrou ele, chegou a todas as regionais em 27 horas.

O lote da AstraZeneca/Oxford foi distribuído de forma ainda mais rápida, em menos de oito horas. Uma terceira parte, também da Coronavac, começou a ser entregue nesta quarta-feira (27) às Regionais de Saúde.

“Somos referência para o Brasil pela rapidez e agilidade. Temos 1.850 salas de vacinação à disposição da população. Quanto mais imunizantes nos forem repassados, melhor será essa logística. Reforçando que a prioridade neste momento é vacinar os profissionais da linha de frente, gente que está há mais de 10 meses presa em UTI para salvar vidas”, afirmou Ratinho Junior.

Ele lembrou, ainda, que o Paraná vacinou 76.517 pessoas contra a Covid-19 até as 17h de terça-feira (26). O número representa 34,8% das 219.271 doses distribuídas pelo Governo do Estado até o momento. A conta leva em consideração as 132.771 doses da Coronavac que chegaram na segunda-feira (18) – aproximadamente a metade do primeiro lote 265.600 aplicações – e as 86.500 desenvolvidas pela Universidade de Oxford em parceria com o Laboratório AstraZeneca que desembarcaram em Curitiba no sábado (23). A aplicação é feita pelos municípios. “A população indígena e os idosos que moram em asilos, por exemplo, foram 100% vacinados”, disse. Essa fatia da população representa pouco mais de 22 mil pessoas.

SPUTNIK V – Outro ponto destacado pelo governador é que o Paraná segue como parceiro do instituto Gamaleya. Ele afirmou que o Tecpar e as universidades estaduais ajudarão na execução da fase 3 de testes da vacina russa se a ação for cobrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O Tecpar não tem condições de produzir uma quantidade grande de vacinas, mas pode colaborar na parte científica do processo e está à disposição”, disse.

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