A Paraná Turismo sediou, nesta sexta-feira (12), o evento “Retomada da Hotelaria – Momento atual, sustentabilidade e desafios”. A ação foi organizada pela autarquia estadual, em parceria com o Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (SEHA), com o Fórum dos Operadores de Hotéis do Brasil (FOHB) e com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná (ABIH-PR).
O diretor-presidente da Paraná Turismo destacou que a expectativa é de que em 2022 o setor hoteleiro volte a trabalhar com uma média entre 40% e 60% de ocupação, e que novos investimentos só acontecerão quando os meios de hospedagem voltarem a ter sucesso nas vendas.
“Temos muito respeito aos investidores, especialmente os do ramo da hotelaria, que representa o mais alto investimento no turismo. Consequentemente, os proprietários de hotéis, assim como os de restaurantes, foram um dos que mais sofreram durante a pandemia. Diante disso, o Estado está projetando e apoiando programas para que haja uma recuperação plena”, destacou João Jacob Mehl.
RECUPERAÇÃO – Para o palestrante Pedro Cypriano, da Hotelinvest, o mercado apresenta um patamar de desempenho modesto devido a diversos fatores, como aumento dos custos operacionais do setor, política macroeconômica e necessidade de investimentos nos hotéis, comparados ao retorno obtido.
“Ao longo do ano passado, nós lideramos um estudo que foi divulgado em junho de 2020, em um momento que a pandemia ainda estava bastante forte no país e ainda existia uma grande cortina de fumaça no horizonte. Esse estudo já sinalizava que teríamos uma recuperação do mercado hoteleiro em termos de receitas e hospedagem por volta de maio de 2023, se não houvesse uma segunda onda da doença”, explicou.
MUDANÇA DE PERFIL – De acordo com o presidente do SEHA, Jonel Chede, o período da pandemia trouxe uma mudança de perfil do hóspede do setor hoteleiro em cidades como Curitiba.
“Nós começamos a ter uma retomada mais expressiva nos últimos meses, mas com uma mudança de perfil. Curitiba sempre foi uma cidade mais pujante nos negócios e, com essa retomada, percebemos que aconteceram muitas viagens de famílias.
Chede explica, ainda, que o setor hoteleiro precisa estar sempre se adaptando e, no momento, devem estar mais atentos ao turismo de lazer e não mais ao de negócios. “As hospedagens na capital acolhiam de 20 a 30 pessoas de uma mesma empresa para reuniões e hoje elas acontecem de maneira remota, online”, disse.