O governador em exercício Darci Piana reforçou, nesta quinta-feira (22), o apoio do Governo do Estado às cooperativas paranaenses para que concretizem os objetivos do Plano Paraná Cooperativo 200 (PRC200), que visa atingir R$ 200 bilhões de faturamento nos próximos cinco anos. Para alcançar o resultado, elas pretendem realizar investimentos totais de R$ 30,3 bilhões até 2026 nos ramos de atuação que englobam, principalmente, o setor agropecuário, de crédito, saúde, infraestrutura e transporte.
A proposta, que vem sendo discutida com todo o setor cooperativista desde o ano passado, pretende praticamente dobrar o faturamento das cooperativas que, em 2020, atingiram movimentação financeira de R$ 115,7 bilhões.
A apresentação das bases dos 20 projetos estruturantes do PRC200 foi feita ao governador e a quase 200 lideranças cooperativistas pelo presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, durante o 2º Fórum Virtual dos Presidentes das Cooperativas Paranaenses.
Segundo Piana, as cooperativas paranaenses são diversificadas e operam com todos os produtos agrícolas importantes da economia do Estado. Elas são, inclusive, pioneiras na implantação de novas culturas e projetos, além de terem projeção em toda a América Latina. “As cooperativas são, em muitos municípios do Paraná, as mais importantes atividades econômicas, maiores empregadoras e geradoras de receitas”, disse.
Para Piana, o sistema cooperado atua em sintonia com a coletividade, atendendo parcela importante da população rural do Estado. “O trabalho das cooperativas resulta na agregação de valor sobre o produto primário. Assim, o produtor também consegue reinvestir na atividade produtiva, garantindo desenvolvendo no meio rural”, acrescentou.
De acordo com o presidente da Ocepar, a formulação do PRC200 é uma tentativa de ir além do que já é realizado pelas cooperativas, mostrando que o sistema tem potencial e pode sonhar ainda mais alto. “Nunca tivemos demanda tão grande por alimentos no ramo agropecuário. Então, obviamente, nosso futuro depende de um planejamento organizado. Esse novo desafio foi construído com essa intenção”, declarou Ricken.
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APOIO – Considerando a vocação agropecuária do Paraná, Darci Piana apontou os investimentos do Estado para impulsionar ainda mais o setor, trabalhando em paralelo para facilitar essa conquista. Ele disse que infraestrutura é prioridade do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Como exemplo, citou a pavimentação de cerca de 376 quilômetros de estradas rurais previstas até dezembro, com a aplicação de mais de R$ 125 milhões.
Também destacou o projeto de duplicação de 1.800 quilômetros de rodovias que integram o pacote de concessões de rodovias, com investimentos de cerca de R$ 42 bilhões em no máximo sete anos.
O governador em exercício disse, ainda, que o novo status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), maior conquista para o agronegócio paranaense nos últimos 50 anos, é essencial para o crescimento do agronegócio do Estado.
De acordo ele, a conquista abre um mercado importante não apenas para a carne bovina, mas também para outras proteínas e seus derivados, gerando uma cadeia de oportunidades de novos investimentos no Estado.
Piana também ressaltou o programa Paraná Trifásico, da Copel, que prevê implementação de 25 mil quilômetros de linhas seguras para os produtores rurais; e o Descomplica Rural, que permite acesso mais ágil às licenças necessárias para ampliação da produção.
PRC200 – O Plano Paraná Cooperativo 200 visa atingir 4 milhões de cooperados, 200 mil empregados, resultados (sobras anuais) de R$ 10 bilhões e investimentos de R$ 5 bilhões por ano. Num cenário realista, de acordo com José Ricken, esses objetivos podem ser alcançados entre 2025 e 2026. “O desenvolvimento do PRC200 representa um novo marco na história do planejamento estratégico do cooperativismo no Estado”, disse.
Em 2020, o sistema encerrou com 217 unidades agroindustriais cooperadas, 2,4 milhões de cooperados e 117,9 mil funcionários diretos. Para alcançar os resultados estimados para daqui quatro ou cinco anos - que praticamente duplicam os números de 2020 -, Ricken explicou que serão colocadas em prática ações previstas nos projetos estruturantes do PRC200.
Conforme o presidente da Ocepar, as metas consideram as demandas de mercado, investimento em logística, alianças estratégicas, desenvolvimento de intercooperação entre os ramos de cooperativas e investimento de R$ 5 milhões na educação e profissionalização dos cooperados.
“O PRC200 nada mais é do que a soma de todos os planejamentos individuais das nossas cooperativas. E ao longo da história da Ocepar, nesses seus 50 anos, planejar sempre foi uma palavra de ordem e os resultados estão aí”, lembrou o dirigente.
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Os projetos ainda preveem o desenvolvimento de ecossistema de inovação do cooperativismo paranaense e ampliação dos acesso as tecnologias de produção de bens e serviços por meio da melhoria da conectividade no campo; estruturação do modelo de geração de energia para melhorar a competitividade da agroindústria; e a criação de programa de monitoramento com foco no atendimento a requisitos ambientais, sociais de governança e desempenho.
PRESENÇAS – Participaram do encontro virtual o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas; o diretor de Participações, Mercado de Capitais de Crédito indireto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bruno Laskowsky; e presidentes do G7, grupo formado pelas principais entidades do setor produtivo paranaense.