Estado promove fórum para debater desenvolvimento do Programa Vida no Trânsito

No Paraná, de acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/Datasus/MS), foram registradas 2.526 mortes em decorrência de acidentes de trânsito em 2022. Os acidentes de trânsito geram um alto custo para a saúde pública.
Publicação
24/08/2023 - 16:00
Editoria

Confira o áudio desta notícia

Com intuito de aprofundar a discussão sobre o trânsito e o desenvolvimento de ações com foco na promoção da saúde e mobilidade segura e sustentável, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com a Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP), promoveu nesta quinta-feira (24) o VIII Fórum Estadual do Programa Vida no Trânsito do Paraná. O evento ocorreu de forma online e contou com a participação de cerca de 200 pessoas.

O Programa Vida no Trânsito (PVT) tem como objetivo promover intervenções efetivas com foco na prevenção para redução das mortes e feridos graves, segurança das vias e dos veículos, comportamento dos usuários e também dos serviços de emergência. Atualmente, 14 municípios já implantaram o programa: Curitiba, Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Maringá, Londrina, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama.

Durante o encontro, temas como doenças crônicas (diabetes, hipertensão, sobrepeso, obesidade), poluição do ar, sonora e saúde mental foram discutidas e inseridas na temática do trânsito. “É muito relevante envolver e promover ações de saúde que envolvam toda a Rede de Atenção, desde a saúde da pessoa idosa até a saúde mental. Além disso, queremos fortalecer cada vez mais o Programa Vida no Trânsito, estimulando a adesão de novos municípios paranaenses na estratégia”, disse o secretário de Saúde, Beto Preto.  

DADOS – No Paraná, de acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/Datasus/MS), foram registradas 2.526 mortes em decorrência de acidentes de trânsito em 2022. Cerca de 34% eram ocupantes de automóvel ou caminhonete, 28% ocupantes de motocicleta, 17% pedestres e 5% ciclistas. A maioria envolveu adultos com idades entre 20 a 59 anos (72,1%), com predomínio na faixa etária entre 20 a 29 anos (22,57%). Destes óbitos, 81,9% foram do sexo masculino.

Os municípios que desenvolvem a metodologia do PVT demonstram uma redução maior de óbitos e internações quando comparados aos demais. De 2018 a 2022, o conjunto de 14 municípios aderentes ao programa registrou uma redução de 3,9% (de 821 para 789) no número absoluto de óbitos por lesões de trânsito.

Com relação à taxa de internamentos por lesões de trânsito, de acordo com o Sistema de Informação Hospitalar (SIH), o Paraná inteiro teve queda de 5,65% (de 9,43 para 8,89 por 10.000 habitantes), mas nos 14 municípios o resultado foi 31,79% menor (de 11,31 para 7,71 por 10 mil habitantes).

Os acidentes de trânsito geram um alto custo para a saúde pública. Cada sinistro de trânsito fatal, com óbito no local, nas rodovias estaduais e nos trechos das rodovias federais situados no Paraná, custa aproximadamente R$ 935 mil. Os sinistros com vítimas não fatais custam em média R$ 143 mil.

PARTICIPAÇÕES – Participaram do encontro representantes do Ministério da Saúde, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e Rede Programa Vida no Trânsito Paraná (PVT),Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Superintendência de Trânsito de Curitiba, Vital Strategies Brasil, Autarquia de Mobilidade, Trânsito e Cidadania de Cascavel, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Santa Catarina, Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Promoção e Vigilância de São José de Pinhais e Companhia Municipal de Trânsito de Londrina.

GALERIA DE IMAGENS