Estado pagou R$ 75 milhões em leitos exclusivos para Covid-19

O Paraná soma atualmente 2.415 leitos exclusivos, entre UTI e enfermaria para adultos e UTI e enfermaria pediátricas. Ao todo, 24.154 pacientes já foram internados nestes leitos. Eles começam a ser desativados, conforme reduz a necessidade de uso, e são redirecionados para atendimentos eletivos e de urgência.
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30/10/2020 - 18:20
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Desde 26 de março, quando começou a implantação de leitos exclusivos para atendimento a pacientes suspeitos e ou confirmados com a Covid-19, o Paraná já pagou R$ 75,6 milhões para os hospitais que fazem parte do plano de atendimento exclusivo ao novo coronavírus.

“Seguindo a orientação do Governo do Estado, priorizamos o atendimento aos paranaenses, criando os leitos exclusivos para os pacientes suspeitos ou confirmados com a doença. Sete meses após o início da pandemia no Paraná, podemos afirmar que nenhum paciente que precisou de um leito ficou desassistido”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Inicialmente, o plano contemplava 264 leitos, sendo 52 de UTI e 212 de enfermaria. O Paraná soma atualmente 2.415 leitos exclusivos – 1.042 UTI Adulto, 1.271 enfermaria adulto, 44 UTI pediátrica e 58 enfermaria pediátrica. Ao todo, 24.154 pacientes já foram internados nestes leitos.

“Praticamente dobramos a rede hospitalar com a criação de novos leitos. Já pagamos R$ 75 milhões e a estimativa é que até o final deste ano repassemos pelo menos mais R$ 134 milhões devido ao tempo necessário para processamento e auditoria dos atendimentos”, acrescentou o secretário.

DESATIVAÇÃO – De acordo com a redução da taxa de ocupação e queda do número de casos confirmados em algumas cidades, leitos são desativados, com o objetivo de economizar diárias que não estavam sendo utilizadas, permitindo o redirecionamento para atendimento geral às emergências e atendimento eletivo.

“É necessário disponibilizar leitos para atendimento, porém não é possível manter o custeio indefinidamente destes leitos, cuja necessidade já não se mostra evidente, como era no início da pandemia, onde tínhamos um crescimento importante dos número de paciente contaminados e necessidade de tratamento hospitalar”, explicou o diretor de Gestão em Saúde da secretaria, Vinícius Filipak.

“Sendo assim, com a mudança deste cenário, elaboramos um plano de desativação destes leitos, com critérios de baixa ocupação e menor índice de transmissão, mas garantindo um quantitativo suficiente para atendimento seguro à população”, acrescentou o diretor.

Ainda segundo ele, dependendo do cenário epidemiológico da doença, estes leitos podem ser reabertos. “Da mesma maneira que o plano indica a desativação, ele também considera que se o número de casos e a taxa de ocupação subirem consideravelmente estes leitos podem ser reabertos rapidamente”, disse.

A primeira desativação ocorreu em 1º de setembro. Até 3 de novembro, 681 leitos serão desativados, sendo 187 leitos de UTI adulto, 21 de UTI pediátrica, 438 de enfermaria adulto e 35 de enfermaria pediátrica. A estimativa é que o custo mensal desta quantidade de leitos some em média R$ 14,2 milhões.

Esta estratégia já estava prevista no plano de enfrentamento da pandemia no Estado e consta na deliberação nº 143 de 3 de setembro da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR).

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