O Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária (FA) e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), lançou nesta segunda-feira (27) o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Fenômenos Extremos do Universo. O investimento nas pesquisas será de R$ 1.053.000,00.
O objetivo é fortalecer a rede de pesquisadores já constituída e incentivar o seu crescimento para ampliar a presença paranaense na área de Astronomia no cenário internacional.
“Os benefícios para a sociedade são muitos, já que a descoberta do que acontece no universo em altas energias e matéria, impacta no dia a dia da sociedade, como é o caso do desenvolvimento de sensores e novas tecnologias na área da saúde e engenharias”, destacou a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Rita de Cássia dos Anjos, que integra a coordenação do Napi.
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Ao apresentar a estratégia do novo arranjo de pesquisa, o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FA, Luiz Márcio Spinosa, ressaltou que uma característica deste Napi é sua inserção internacional. “Este é um esforço de uma rede mundial de pesquisadores e a ideia dos Napis é de ser inclusivo. Portanto todas as instituições que puderem colaborar serão muito bem-vindas”, disse.
Segundo o professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Jaziel Goulart Coelho, que também integra a coordenação do Napi, a Rede Paranaense de Pesquisa em Fenômenos Extremos do Universo vai contribuir para a construção e análise de dados do Observatório Cherenkov Telescope Array (CTA), que é um consórcio de 32 países e 1.500 pesquisadores, com mais de 150 Instituições envolvidas. O objetivo é construir o maior observatório do mundo para observação do céu em radiação gama de mais alta energia.
“Inovação tecnológica e impacto social são resultados garantidos desta proposta”, enfatizou o professor. “Atualmente em construção, o CTA alcançará, dentro de cinco anos, dez vezes mais sensitividade e precisão do que os experimentos atualmente em operação”.
A rede de pesquisadores soma uma estrutura física e de equipamentos das universidades integrantes, bem como da constituição de uma equipe técnica e científica, altamente especializada em astrofísica e cosmologia. Isso permite contribuir no desenvolvimento das áreas de astrofísica, cosmologia, gravitação e instrumentação astronômica, que buscam uma imagem mais clara do funcionamento do universo.
“Teremos uma média de cem telescópios, distribuídos em três tamanhos, e o primeiro projeto do Napi será uma estrutura por telescópio médio”, comentou a professora Rita de Cássia.
Paulo Afonso Schmidt, da coordenadoria de Ciência e Tecnologia da Seti, destacou o alcance para a ciência do Paraná. “É um orgulho para toda a comunidade científica e tecnológica paranaense poder compartilhar deste momento que inscreve, mais uma vez, o Paraná e seus pesquisadores em uma pesquisa de interesse mundial”, afirmou.
A cerimônia de lançamento do Napi pode ser conferida no canal da Fundação Araucária no YouTube.