Estado injeta R$ 17 milhões em 68 projetos inovadores no primeiro semestre

Programa Paraná Anjo Inovador da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI) contemplou projetos de até R$ 250 mil. Secretário da Inovação, Alex Canziani, destaca que o programa é feito justamente para startup que está iniciando seu projeto e precisa de investimento para tirar do papel a sua ideia.
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19/07/2024 - 09:39

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O primeiro semestre de 2024 trouxe um marco significativo para o ecossistema de inovação paranaense, com a injeção recorde de R$ 17 milhões em 68 projetos de startups pelo programa Paraná Anjo Inovador. Promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), o edital contemplou startups com subsídio de até R$ 250 mil cada, liberados conforme o avanço e a prestação de contas dos projetos.

O secretário da Inovação, Alex Canziani, destaca que o programa é feito justamente para a startup que está iniciando seu projeto e precisa de um investimento para conseguir tirar do papel a sua ideia. “Muitas vezes um projeto excelente fica pelo caminho por falta de apoio. Este é o maior programa de incentivo às startups do Brasil. Nenhum outro estado investe em um empreendedor inovador como o Paraná”, afirma.  

Os projetos beneficiados abrangem uma diversidade de áreas, incluindo saúde, agricultura, educação, sustentabilidade, cibersegurança e mobilidade, distribuídos em 18 municípios do Paraná. Curitiba lidera com 22 projetos selecionados, seguida por Maringá, Cascavel e Londrina. As startups têm, no total, o prazo de 24 meses para conclusão dos projetos.

Dentre as soluções de garantia de acesso à saúde e promoção de bem-estar, está a Hyla Biotech, de Curitiba, da bióloga Maria Luiza Ferreira dos Santos. A startup desenvolve dentro do Instituto Carlos Chagas, sede da Fiocruz no Paraná, um kit de diagnóstico rápido de câncer de mama, mais barato e acessível para a população. “O Anjo Inovador ajuda na compra de insumos e na manutenção da equipe de profissionais para validação dos testes”, afirma a bióloga.

Com foco em soluções dentro do agronegócio e alimentos, a Mush, de Ponta Grossa, é um exemplo. Ela propõe o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora para a produção de micélio (cogumelos), visando criar um ingrediente proteico alternativo. 

Outro sistema pioneiro é o da IrriGate, de Curitiba, que desenvolveu um sistema de irrigação autônomo para a agricultura familiar. A startup nasceu de uma ideia em sala de aula e com o subsídio do programa conseguiu expandir a solução para mais de 40 produtores, não apenas no Paraná, mas em outros estados e até fora do Brasil, no Uruguai. “O recurso está ajudando a nossa empresa a aumentar a tecnologia do sistema. E consequentemente, nos dá fôlego para ampliar o atendimento e contratação de novos funcionários”, explica Breno Gonçalves, CEO da startup.

NOVA EDIÇÃO – Um novo edital foi lançado no fim do segundo semestre para contemplar até 80 startups. O investimento previsto é de R$ 20 milhões, com subsídio de até R$ 250 mil por projeto selecionado. 

A segunda edição teve 545 projetos inscritos. Esse número representa quase o triplo de inscrições, um aumento de 190% em comparação com a edição anterior. O programa ainda teve impacto na criação de novas startups: 101 foram abertas no mês em que o edital ficou aberto para inscrição dos projetos. Em outubro, serão divulgados os projetos selecionados. O cronograma completo está disponível no site do Anjo Inovador.

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