Estado garante subsídio ao usuário do transporte metropolitano e tarifa diferenciada para pagamento em cartão

Anúncio foi feito nesta segunda-feira (28), simultaneamente à divulgação do reajuste da tarifa, e passará a valer a partir do dia 15 de março. Com subsídio, reajuste será de apenas 5,55%, muito abaixo da inflação de 2019 para cá.
Publicação
28/02/2022 - 13:50
Editoria

Confira o áudio desta notícia

As linhas de transporte que atendem a Região Metropolitana de Curitiba, coordenadas pela Comec, passarão a ter tarifa diferenciada entre pagamento em dinheiro ou cartão. O anúncio foi feito pelo Governo do Estado, por meio da Comec, nesta segunda-feira (28), simultaneamente ao anúncio do reajuste da tarifa, e passará a valer a partir do dia 15 de março, nas duas modalidades, ou seja tanto para pagamento com o Cartão Metrocard, quanto em dinheiro.

Segundo o presidente da Comec, Gilson Santos, o objetivo é oferecer um reajuste que beneficie o cidadão ao mesmo tempo em que incentive o uso cartão. “A tarifa para pagamento no cartão para as cidades do primeiro anel, que hoje é de R$ 4,50, passará para R$ 4,75. Este reajuste significa 5,55%, muito abaixo da inflação que tivemos de 2019, data do último reajuste, para cá, e só está sendo possível graças ao subsídio garantido pelo governador Ratinho Junior”, disse.

Santos lembra que a tarifa metropolitana completou três anos sem reajuste. “O último reajuste que tivemos foi em 2019 e de lá para cá a inflação acumulada chega a 18,89%. Foi um grande esforço do Governo do Estado em manter esse valor congelado, graças a sensibilidade do governador Ratinho Junior com relação ao momento de pandemia pelo qual ainda estamos nos recuperando. Obviamente não gostaríamos de dar um reajuste neste momento, mas ele é consequência, principalmente, da alta do diesel e do novo acordo coletivo dos trabalhadores. De toda forma, fica garantida a manutenção do sistema e o compromisso de diversas melhorias que serão realizadas durante este ano na operação”, destacou o presidente.

Para pagamentos realizados em dinheiro, o valor da tarifa nas cidades do primeiro anel será de R$ 5,50, seguindo o valor praticado por Curitiba. Já nas cidades com tarifas diferenciadas os valores praticados vão de R$ 6 a R$ 7:

tabela

 

MUNICÍPIO SEM REAJUSTE – Considerando o pagamento no cartão, alguns municípios com linhas de ligação direta com a Capital ou demais municípios, ou seja, sem integração, não sofrerão reajuste de tarifa. Entre eles estão: Agudos do Sul, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Mandirituba, Quitandinha, Contenda e Piraquara.

REAJUSTES MENORES – Para os municípios de Bocaiúva do Sul, Contenda, Itaperuçu e Rio Branco do Sul, para as linhas de acesso à integração com a Capital e pagamento no cartão, o reajuste será de 3,8%. Abaixo do reajuste proposto para o sistema. E no caso da linha de ligação do município de Mandirituba com Fazenda Rio Grande, para pagamento no cartão, o reajuste será de 2,1%.

PANDEMIA – A pandemia de Covid-19 gerou uma das maiores crises da história do transporte coletivo. No início, o número de passageiros do sistema chegou a cair 80% e um enorme rearranjo de toda a operação foi necessário.

Aos poucos, segundo Gilson Santos, estes passageiros estão retornando, mas ainda é necessário um incentivo para que tudo volte ao normal. “No mês de fevereiro tivemos alguns dias que alcançaram mais de 75% dos passageiros no sistema e esperamos que com estes incentivos este número retorne aos patamares anteriores ao da pandemia”, destacou o presidente.

"Ou seja, apesar de todos os transtornos causados pela maior crise que o sistema já vivenciou, o Governo manteve o sistema funcionando durante todos os dias, sem uma única paralisação, e agora garante os investimentos e incentivos necessários para que o sistema atenda a população da melhor forma possível”, afirmou.

SUBSÍDIO – Para o ano de 2022, o Governo do Estado espera aportar cerca de R$ 16 milhões mensais para subsidiar a tarifa do transporte coletivo metropolitano. Valor que poderá diminuir conforme o número de passageiro retorne ao sistema. Para o sistema urbano de Curitiba, com o objetivo de manter a tarifa social e a integração com as linhas metropolitanas, o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa do Paraná vão aportar R$ 60 milhões em 2022. Sem o apoio, a tarifa no sistema metropolitano seria de R$ 8,79 e em Curitiba de R$ 6,35.

IPK – Para entender o sistema é preciso entender o índice de passageiros por quilômetro rodado (IPK), que é o indicador de referência no serviço de transporte coletivo urbano/metropolitano. Soma-se a quilometragem média total necessária para atendimento do serviço em um mês e a divide pela média do número de passageiros pagantes: 4.232.607,35 kms // 4.699.709 passageiros: 1,12.

Isso significa que, em média, pouco mais de uma pessoa é transportada por quilômetro rodado. Essa característica é uma realidade de serviços com longas distâncias como o metropolitano, que tem linhas de 58 quilômetros de extensão, por exemplo. Quanto maior o IPK, melhor é o aproveitamento.

CRÉDITOS EXPIRADOS – Além do subsídio do Governo do Estado para equalizar o valor da tarifa técnica com a tarifa social, também serão deduzidos, em forma de receita, créditos expirados do sistema, que são os créditos com somente mais de dois anos sem utilização nos cartões, representando aproximadamente R$ 1,5 milhão por mês nesse exercício tarifário.

CARTÕES GRATUITOS – As novas tarifas do transporte coletivo metropolitano sob a gestão da Comec passarão a valer no dia 15 de março para que os usuários que desejarem aproveitar as tarifas diferenciadas tenham tempo hábil para confeccionar seus cartões Metrocard.

A primeira via do cartão é gratuita, bastando apenas uma recarga inicial no valor de uma tarifa e poderá ser solicitada nas centrais de atendimento da Metrocard. Confira aqui os endereços das centrais de atendimento da Metrocard.

GALERIA DE IMAGENS