Estado e União debatem implementação do método Wolbachia contra a dengue

Assunto foi discutido em reunião da Secretaria estadual da Saúde com Ministério da Saúde, Fiocruz e Organização Pan-Americana da Saúde durante evento em Foz do Iguaçu. Londrina e Foz estão entre as cidades brasileiras selecionadas para ampliação do método no País.
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05/12/2023 - 17:40
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A Secretaria de Saúde Paraná (Sesa) realizou nesta terça-feira (5) uma reunião com o Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para debater novas ações dentro do método Wolbachia no Brasil para combater a proliferação do mosquito Ades aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

O encontro aconteceu em Foz do Iguaçu, dentro do evento Saúde em Movimento, promovido pela Sesa. Foz do Iguaçu e Londrina estão entre os municípios brasileiros selecionados para ampliar o método Wolbachia no País.

Na prática, a fórmula consiste em “contaminar” mosquitos com a bactéria Wolbachia (que não pode ser transmitida para humanos ou outros mamíferos). Essa bactéria bloqueia o desenvolvimento dos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya no vetor e é transmitida para as novas gerações de mosquitos durante a reprodução, reduzindo a transmissão e combatendo diretamente as arboviroses.

“As equipes do Ministério da Saúde, Fiocruz e Opas estão em Foz do Iguaçu para analisar e programar o início das atividades que envolvem o Método Wolbachia e nos reunimos aqui hoje para debater as ações e avaliar a possibilidade de incluir até mesmo uma biofábrica para produção de mosquitos no Paraná”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

O início do projeto ainda depende da formalização do convênio entre os municípios e o Ministério da Saúde.

MÉTODO – O World Mosquito Program (WMP) é uma iniciativa internacional sem fins lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos. O primeiro local de atuação do WMP foi o norte da Austrália, em 2011, e atualmente opera em 12 países (Austrália, Brasil, Colômbia, México, Indonésia, Laos, Sri Lanka, Vietnã, Kiribati, Fiji, Vanuatu e Nova Caledônia). No Brasil, o Wolbachia é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz, com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais.

O diagnóstico da presença da Wolbachia no Aedes aegypti é feito nos laboratórios do WMP Brasil/Fiocruz por técnicas de biologia molecular. Após identificar o mosquito com Wolbachia, não são necessárias novas solturas, por isso o método é considerado autossustentável.

PRESENÇAS – Participaram da reunião o representante do WMP no Brasil/Fiocruz, Luciano Moreira; da Opas, Fabiano Geraldo Pimenta; do Ministério da Saúde, Kauara Campos; o diretor-geral da Sesa, César Neves; a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes; o diretor do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), Rubens Gusso; a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Lúcia Belmonte; a chefe de Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Pouzato, e a chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 9ª RS de Foz do Iguaçu, Jaqueline Molossi.

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