O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, recebeu nesta quarta-feira (02), no Centro Executivo da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, o projeto executivo para a duplicação da BR-469 – Rodovia das Cataratas. A versão finalizada do projeto foi entregue pelo presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu, Enio Eidt, também ao diretor-geral brasileiro da Itaipu, João Francisco Ferreira.
Os recursos para investimento na obra são da Itaipu, conforme convênio firmado com o Governo do Estado. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) será o executor das obras.
A intervenção tem custo previsto de R$ 139,4 milhões, dos quais R$ 136,3 milhões serão aportados pela Itaipu Binacional. O Governo do Estado fará a licitação e a gestão da obra, com prazo estimado para conclusão de 36 meses após o início. O Estado também vai garantir a manutenção da pista existente com recursos próprios.
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O secretário Sandro Alex destacou os investimentos em infraestrutura no Estado. “Temos mais de R$ 5 bilhões em obras em andamento no Paraná, e em grande parte delas temos o apoio da Itaipu. Essa será mais uma obra que vamos cumprir com seriedade e celeridade”, garantiu Alex.
Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, João Francisco Ferreira, a duplicação vai garantir um novo status para o turismo da região. “Além de um corredor turístico mais bonito e seguro, Foz do Iguaçu estará ainda mais bem preparada para atender nossos visitantes", afirmou. “Quando entrar na fase das obras, a duplicação ainda vai contribuir para a retomada da economia, com a geração de empregos", destacou.
A obra contempla, além da duplicação da BR-469 entre o km 12 e o km 24, um viaduto na interseção com o acesso ao Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, interseções para veículos e passarelas de pedestres, via marginal e ciclovia em toda a extensão da duplicação.
“Não é fácil elaborar o projeto de uma rodovia federal localizada no perímetro urbano. Foi preciso fazer adaptações para atender a todas as necessidades”, disse o diretor-geral do DER, Fernando Furiatti Sabóia. “Mas o resultado é um projeto de excelência. O edital já está pronto para ser lançado e, em breve, teremos o início dessa grande e importante obra”.
REIVINDICAÇÃO ANTIGA – Para o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, a duplicação vai aumentar a autoestima dos moradores do município. Ele também se comprometeu a dar início, com apoio do Governo do Estado, às obras de revitalização do trecho urbano de 4 quilômetros, entre o Boicy e o trevo da Argentina.
A Rodovia das Cataratas tem 8,7 quilômetros de extensão e é o principal corredor turístico da região de fronteira. A via conecta Foz do Iguaçu ao trevo da Argentina e, depois, ao Aeroporto Internacional ao Parque Nacional do Iguaçu.
A duplicação é uma reivindicação antiga de Foz, pois considerada uma obra de infraestrutura essencial para fortalecer o turismo regional. Sua duplicação foi anunciada diversas vezes ao longo de 20 anos, mas não saiu do papel. Em agosto de 2020, a pedra fundamental da obra foi lançada em solenidade com o presidente Jair Bolsonaro e o governador Carlos Massa Ratinho Júnior. Em setembro foi assinado o convênio de parceria entre a Itaipu e o governo do Paraná.
PACOTE – A duplicação da Rodovia das Cataratas integra um pacote de investimentos de mais de R$ 1 bilhão da Itaipu Binacional no Oeste do Paraná. O objetivo é acelerar o desenvolvimento da região, contribuindo para fazer do Paraná o maior hub logístico da América Latina.
Entre as obras em andamento financiadas pela hidrelétrica, estão a segunda ponte Brasil-Paraguai, em Foz do Iguaçu, com valor de R$ 323 milhões; a nova Rodovia Perimetral Leste, que vai ligar a BR-277 à nova ponte, somando R$ 174 milhões; e a pavimentação da Estrada Boiadeira (BR-487), que liga Umuarama ao Mato Grosso do Sul, cujo investimento no lote atual é de R$ 223,8 milhões.
Outra obra, já concluída, é a ampliação da pista do aeroporto de Foz do Iguaçu - agora a maior da região Sul - em 664 metros, permitindo voos internacionais. O investimento total foi de R$ 53,9 milhões, sendo 80% oriundos da Itaipu.