A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza de forma permanente capacitações para os profissionais que compõem a atenção à saúde da mulher e da criança no SUS do Paraná. Uma delas é o curso “Boas Práticas de Atenção Pré-natal e ao Parto, Nascimento e Puerpério”, com o objetivo de qualificar profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) que atuam na Linha de Cuidado Materno-Infantil da Rede de Atenção à Saúde.
Desde o início do curso, em dezembro do ano passado, mil pessoas já foram qualificadas para a melhoria dos indicadores relacionados à saúde materna e infantil no Estado e estima-se que outras 500 ainda farão parte desta iniciativa nos próximos meses, totalizando 1,5 mil profissionais.
Das 22 Regionais de Saúde, 11 foram escolhidas para participarem desta ação, por conta de seus indicadores. Elas são responsáveis pelo pré-natal de 33.760 gestantes ao ano.
A atenção de qualidade ao pré-natal é uma das estratégias da para promover o desenvolvimento saudável do feto, prevenir e detectar precocemente agravos maternos e fetais, além de contribuir na redução dos riscos de complicações durante a gestação, o parto e o puerpério.
Atualmente passam pela capacitação profissionais que atuam na APS das Regionais de Saúde de Campo Mourão (11ª RS), Cianorte (13ª RS), Paranavaí (14ª RS) e Cornélio Procópio (18ª RS). Outras cinco regionais (Paranaguá, Ponta Grossa, Irati, União da Vitória e Apucarana) já tiveram seus representantes formados.
Segundo a chefe da Divisão de Atenção da Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi, é nas Unidades Básicas de Saúde que se inicia a assistência ao pré-natal e os encaminhamentos necessários.
“O modelo atual de atenção obstétrica vive um período de transição importante, que busca retomar os valores da assistência à gestante que ultrapassam os aspectos científicos e tecnológicos, em particular na assistência pré-natal. Essa educação permanente prepara ainda mais esses profissionais para a assistência humanizada à mulher nesta fase da vida”, ressaltou.
O conteúdo, elaborado pela Sesa, preza pela participação conjunta de equipes multiprofissionais da atenção primária, ambulatorial e hospitalar, para as competências básica e intermediária e de situações clínicas de maior complexidade ou alto risco.
“Disponibilizamos neste curso todo o arcabouço técnico e científico que embase as avaliações clínicas (diagnóstico clínico e laboratorial), discussões técnicas com as equipes de saúde participantes, assim como tomada de decisões e ações previstas dentro de protocolos clínicos assistenciais da Linha de Cuidado”, complementou.
Os participantes contam com aulas online e presenciais. São 28 horas de atividades de ensino-aprendizagem teóricas síncronas em plataformas para videoconferências remotas e oficina prática presencial, além de 22 horas de aulas escolhidas pelos profissionais, totalizando 50 horas de curso.