O Governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros, está atendendo as famílias afetadas pelas fortes chuvas em São Mateus do Sul (Sul do Estado). Equipes com embarcações visitaram áreas inundadas do município nesta terça-feira (17) avaliando os estragos nas casas e entregando mantimentos aos moradores.
A atuação dos bombeiros e das demais equipes estaduais faz parte da série de ações do Estado que foram expostas pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em sua visita a Brasília nesta terça-feira. Ele esteve no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional em busca de recursos para ampliar o atendimento à população.
Desde o dia 12 de outubro, quando as chuvas se intensificaram em São Mateus do Sul e cerca de 220 famílias ficaram ilhadas por causa da elevação do nível do Rio Iguaçu, os bombeiros têm ajudado equipes da Defesa Civil e da prefeitura a acessarem as regiões mais afetadas. A medida garante distribuição de alimentos, água, remédios, kits de higiene, limpeza e necessidades básicas.
Para atender as famílias da cidade, a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil enviou nesta terça-feira cerca de 4 toneladas de alimentos fornecidos pela Ceasa-PR, além de 130 colchões, 150 kits de limpeza e 150 kits de higiene. Além disso, estão sendo entregues milhares de mantimentos, alimentos e roupas arrecadados pela administração municipal.
Os bombeiros também têm trabalhado na remoção das pessoas das casas alagadas ou danificadas pelas tempestades e que precisam de abrigo.
“Estamos atuando na remoção destas pessoas quando é necessário o uso de embarcações e também na entrega de água e cestas básicas a estes moradores ilhados, principalmente das áreas rurais do município”, afirmou o comandante do 10° Subgrupamento do Corpo de Bombeiros de São Mateus do Sul, tenente Murilo Maltaca.
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Para intensificar os atendimentos, a corporação deslocou uma equipe de Ponta Grossa para atuar no apoio aos bombeiros de São Mateus do Sul.
Na área urbana da cidade, as regiões mais afetadas, que precisam ser acessadas com as embarcações dos bombeiros, são os bairros Vila Amaral, Usina Velha e Jardim Dona Arminia. Nas áreas rurais, onde residem cerca de um terço dos 42 mil moradores do município, as comunidades de Potinga, Manduri e Turvo foram as mais afetadas.
Um destes moradores é Francisco Franco, de 59 anos. A casa dele começou a ser invadida pela água na sexta-feira (13). “A equipe tem vindo aqui desde então para ver se estamos precisando de algo, nos dando a assistência necessária”, afirmou.
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA – A cidade teve a situação de emergência homologada pelo Estado na segunda-feira (16) – até o momento, 18 municípios tiveram esta condição confirmada no Paraná. Com este reconhecimento, a prefeitura pode solicitar ajuda humanitária à Defesa Civil, acessar linhas de crédito emergenciais e pedir ao Estado a realocação de famílias desabrigadas, em situação de vulnerabilidade, para hotéis e pousadas. Assim que a situação de emergência foi decretada, as primeiras famílias já foram encaminhadas a um hotel da cidade.
Em todo o Estado, a medida, determinada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, vai custear R$ 1 milhão em hospedagens, atendendo prioritariamente gestantes, crianças, idosos, acamados, deficientes físicos e demais vulneráveis.
De acordo com a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, 1,8 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas em São Mateus do Sul. Cerca de 300 estão em casas de parentes ou amigos e 25 estão em abrigos.
“Estamos conseguindo amparar, na medida do possível, as famílias que estão desalojadas ou desabrigadas. Também estamos nos preparando para o momento de retorno destas pessoas às suas casas, quando é preciso fazer um esforço para a limpeza e organização destes locais”, explicou o coordenador da Defesa Civil em São Mateus do Sul, Tiago Huk.
BALANÇO – Em todo o Estado, mais de 65 mil pessoas já foram afetadas pelas fortes chuvas que atingiram todo o Paraná desde o início de outubro. Segundo a Defesa Civil, foram registradas ocorrências em 77 municípios, sendo que 20 deles tiveram decretada a situação de emergência. Ao todo, mais de 7 mil casas foram danificadas e 816 pessoas estão desabrigadas.
