A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) é responsável pela formação de profissionais na área do agronegócio, setor que é um grande destaque na região e em todo o Paraná. É a partir dos núcleos de estação experimental que o curso de Agronomia e Zootecnia desenvolve na prática a experiência que os estudantes encontrarão no mercado de trabalho.
“A infraestrutura é grande e possibilita desenvolver diversas atividades de ensino, pesquisa e extensão”, diz o diretor do campus da Unioeste de Marechal Cândido Rondon, Davi Félix Shcreiner. “Isso contribui muito com a qualidade do ensino tanto da graduação como da pós-graduação. É um ótimo local de pesquisa para alunos e professores".
São mais de 150 hectares de área da instituição. Uma delas é a Estação Experimental Professor Doutor Antônio Carlos dos Santos Pessoa, localizada na Linha Guará, em Marechal Cândido Rondon. A outra é a Estação Experimental Professore Doutor Alcebíades Luíz Orlando, localizada em Entre Rios do Oeste.
As duas estações desenvolvem atividades desde a década de 90. A primeira foi a estação Alcebíades Luíz Orlando, que através de comodato da área, em 1997, passou a executar projetos, e, após um decreto do Estado, se tornou propriedade da universidade. Já a Estação Experimental Prof. Dr. Antônio Carlos dos Santos Pessoa recebeu a doação de cerca de 39,5 hectares do município de Marechal Cândido Rondon em 1998, e, na sequência, uma nova doação, totalizando cerca de 50 hectares.
“Nas duas estações há cultivos de vegetais, além da produção animal de diversas espécies. A partir disso são desenvolvidas parcerias com instituições públicas e privadas. É uma gama de atividades muito importante para a região”, avalia o diretor de campus, Davi Shcreiner.
Em ambas são cursos de graduação que executam atividades diretamente, além dos cursos de pós-graduação, abrangendo mestrado, doutorado e pós-doutorado em Agronomia, Zootecnia e Desenvolvimento Rural Sustentável.
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Além da prática nas propriedades, os alunos também desenvolvem experimentos nos laboratórios do campus. “Tem análise in loco, assim como amostras analisadas diretamente nos laboratórios. Isso tudo proporciona também uma relação com alunos de graduação e pós-graduação, o que contribui muito no conhecimento e formação”, explica Shcreiner. “E o trabalho desenvolvido é fundamental para o relacionamento com a comunidade, e passou a ser estendido a outras regiões do Estado, com o atendimento e parcerias também no Sudoeste e Noroeste”.
CONHECIMENTO E COMUNIDADE – Cleison de Souza é estudante de pós-doutorado em Zootecnia e desde 2016 atua nas atividades na Estação Experimental Prof. Dr. Antônio Carlos dos Santos Pessoa. “É um setor muito importante. Poder ver na prática a produção de proteína animal agrega na formação, do que podemos esperar fora da universidade”, avalia. São diversas espécies de cultivo nessa propriedade, que proporcionam um conhecimento amplo da produção animal.
Além disso, há também projetos que envolvem a comunidade, como a equoterapia. O tratamento beneficia crianças e adultos portadores de paralisia cerebral e em muitos outros distúrbios de movimento, acompanhados ou não de déficits cognitivos e comportamentais, incluindo a crise do pânico.
“As estações experimentais são muito importantes para a rotina da universidade, contribuem com o desenvolvimento de projetos, além de proporcionar um atendimento e retorno para a comunidade, que é excepcional”, afirma a professora responsável pelo projeto de Equoterapia, Ana Alix Mendes de Almeida Oliveira.
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QUALIFICAÇÃO – Para o reitor da Unioeste, Alexandre Webber, a Estação Experimental Prof. Dr. Antônio Carlos dos Santos Pessoa, na Linha Guará, é um exemplo de integração. “Trata-se de uma unidade com muitos projetos, que qualificam os cursos de graduação e pós-graduação. É muito importante a administração do campus para o desenvolvimento dessas estruturas, assim como o empenho de professores, agentes universitários e alunos nos projetos”, arremata o reitor da Unioeste, Alexandre Webber.