As escritoras Miriam Alves e Juliana Sankofa são as próximas convidadas do Programa Público do Museu Paranaense, projeto bienal de ações e eventos do museu cujo título neste ano é “Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies”. Elas conduzirão a mesa de conversa “Encruzilhadas em movimento: corpo-inscrito e pensamento ventania”, na próxima quarta-feira (17), às 19h. O evento é gratuito e aberto a todos os públicos, sem necessidade de inscrição prévia.
Neste encontro, as escritoras vão dialogar sobre o cenário literário e sua relação com a construção de imagens corpo. O foco recai nas produções de Miriam Alves, autora de dez livros individuais, e suas formas de pensar, construir e contra-argumentar o imaginário social brasileiro sobre o corpo negro feminino.
Miriam Alves é poeta, contista, ensaísta e romancista de literatura negra, palestrante e declamadora performática. Teve os primeiros poemas publicados em 1982, em “Axé – antologia contemporânea de poesia negra brasileira”, e no número 5 de “Cadernos Negros”, além de dez livros individuais publicados e participação em várias antologias nacionais e internacionais.
A autora é integrante do Quilombhoje Literatura (1980-1989) e já palestrou na Áustria e nos Estados Unidos, além de ter ministrado cursos de literatura negra brasileira na Universidade do Novo México e na Middlebury College.
Organizou duas antologias de escritoras negras brasileiras, poemas e contos, bilingues português-inglês, publicadas respectivamente nos EUA e na Inglaterra. Em 2022 comemorando os 40 anos de vida literária da autora, a editora Fósforo lançou dois livros: “Poemas Reunidos”, que é uma recolha de poemas publicados em antologias, revistas e outros impressos, e “Miriam Alves Plural - Teoria, Ensaios Críticos e Depoimentos” – com textos de 16 teóricos discorrendo sobre a obra da escritora. Em 2022 foi a escritora homenageada da 5ª edição da Bienal Internacional do Livro de Brasília.
A autora Juliana Sankofa, também conhecida como Juliana Cristina Costa, nasceu em João Monlevade, Minas Gerais. É escritora, ativista e pesquisadora. Possui mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora (Brasil) e é graduada em Letras/Literaturas pela Universidade Federal de Viçosa (Brasil).
Atualmente, encontra-se no doutorado em Estudos Literários na Universidade Federal de Uberlândia (Brasil). Como escritora, deu início à sua carreira em 2014, participando da antologia paulista Cadernos Negros. Além disso, em 2019, publicou o livro "Comovida como o Diabo" de forma independente, lançando-o em formato de e-book. A maioria de seus textos literários é veiculada em suas redes sociais e em seu blog pessoal.
PROGRAMA PÚBLICO – O Programa Público é uma forma de convidar a comunidade a se aproximar, refletir e se envolver com um assunto. Para isso, o MUPA propõe uma programação especial, estendida e gratuita com diferentes ações que evocam determinada temática de forma diversa e interdisciplinar.
A ideia é que o público possa experimentar, aprender, conhecer e sentir de forma ampla o que é apresentado. A fim de enriquecer sua vivência intelectual, emocional e cultural, não apenas em escala pessoal, mas de experimentação coletiva. Esta segunda edição, que acontece de maio a agosto, tem como tema “Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies”, e convida o público a refletir sobre as linguagens transversais do corpo.
A primeira edição, realizada em 2022, levou gratuitamente ao público 44 ações, entre oficinas, palestras, rodas de conversa, ações e intervenções artísticas de diversas linguagens. Foram mais de 20 mil pessoas impactadas a partir da temática “Se enfiasse os pés na terra: relações entre humanos e plantas”.
Serviço:
Mesa de conversa “Encruzilhadas em movimento: corpo-inscrito e pensamento ventania”
Quarta-feira (17), às 19h
Evento gratuito e aberto a todos os públicos, sem necessidade de inscrição prévia
Local: Museu Paranaense
Rua Kellers, 289, São Francisco - Curitiba