O Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) analisa a qualidade da alimentação escolar fornecida pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) para estabelecimentos de ensino há sete anos e, desde então, cerca de 2,4 mil amostras de alimentos foram analisadas, com uma taxa de aprovação de 91%.
Com o contrato entre os dois institutos, o Governo do Estado garante que as mais de 900 mil refeições servidas diariamente nos quase 2,3 mil estabelecimentos de ensino sejam de qualidade.
O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, diz que os laboratórios estão preparados para fazer uma análise precisa nos produtos que são oferecidos aos estudantes do Paraná. “Se o alimento chegou até as escolas é porque ele está em conformidade com a legislação e, consequentemente, é um alimento seguro”, afirma.
O contrato inclui a prestação de serviços em soluções tecnológicas e controle da qualidade de gêneros alimentícios, inspeção, coleta e ensaios laboratoriais, para atendimento ao Programa de Alimentação Escolar do Paraná.
De acordo com o diretor-presidente da Fundepar, José Maria Ferreira, as diretrizes nacionais do programa definem parâmetros nutricionais, que restringem, por exemplo, a aquisição de alimentos ricos em sódio, açúcares simples, gorduras totais e saturadas ou trans. “As análises laboratoriais são importantes pois asseguram que os alimentos entregues aos estabelecimentos de ensino são seguros e de qualidade para o consumo, além de respeitarem as legislações vigentes”.
O trabalho inclui inspeção de embalagens, coleta de amostras e ensaios laboratoriais. As embalagens primárias e secundárias dos alimentos são inspecionadas pela equipe técnica do Tecpar durante a entrega dos itens pelos fornecedores na unidade armazenadora da Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Não havendo restrições, a amostragem é feita e encaminhada ao Tecpar para ensaios laboratoriais.
Para o ano de 2019, estão previstas análises em 563 produtos que vão desde alimentos frescos, como ovos, verduras e carnes, a industrializados, como arroz, macarrão e bolachas e sucos, por exemplo.
REPROVAÇÃO – Desde 2012, das 2,4 mil amostras analisadas pelo Tecpar, 223 foram reprovadas – uma taxa de reprovação de 9%. Desse total, 54 alimentos foram reprovados por apresentar riscos à saúde, como a presença de coliformes, salmonella e chumbo, por exemplo. Os demais produtos foram reprovados por apresentarem problemas com a rotulagem das embalagens ou resultados fora dos limites estabelecidos por requisitos normativos para a tabela nutricional daquele item alimentício.
O diretor-presidente da Fundepar destaca que o resultado mostra o comprometimento do Governo do Estado em levar alimentação de qualidade às escolas. “O dado corrobora a preocupação da Fundepar em realizar a boa gestão da alimentação escolar e dos recursos públicos, uma vez que o pagamento dos produtos ocorre após a emissão dos laudos laboratoriais conclusivos da Tecpar”, salienta Ferreira.
ORGÂNICO – O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou em setembro decreto regulamentando a Lei 16.751/10, que institui a alimentação escolar orgânica em todo o sistema estadual de ensino do Paraná. O objetivo é incluir alimentos orgânicos gradualmente na alimentação dos alunos das escolas estaduais, até chegar a 100% da merenda em 2030.