Escolas estaduais receberão projeto contra bullying digital

Medida foi anunciada pelo governador Ratinho Junior. Criado pela Copel Telecom em parceria com a Abrace, Internet sem Bullying venceu em maio o Prêmio ODS da Rede Brasil do Pacto Global. A iniciativa foi apresentada na ONU.
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17/07/2019 - 11:30
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O governador Carlos Massa Ratinho Junior decidiu antecipar o planejamento e determinou que o premiado projeto Internet sem Bullying, criado pela Copel Telecom, seja implantado em todas as 2.143 escolas estaduais em um prazo de até dois anos. O projeto ganhou destaque nesta terça-feira (16) durante o Fórum das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece em Nova York.

A companhia foi convidada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para apresentar detalhes do projeto, que em maio venceu o Prêmio ODS da Rede Brasil do Pacto Global. Logo após a apresentação, o governador anunciou sua determinação de apressar a implementação do projeto nas escolas. “O projeto impactará positivamente no ambiente escolar, na qualidade de vida dos estudantes e também de suas famílias. É preciso conscientizar os jovens sobre o uso saudável dos meios digitais”, afirma o governador.

Wendell Oliveira, diretor da Copel Telecom, disse que o planejamento de levar o Internet sem Bullying para as escolas do Paraná era longo. “Em conversa com o governador e também com o secretário de Educação decidimos levar esse programa para as escolas do Paraná em 2 anos”, explicou.

A ideia, de acordo com o diretor, é que com a iniciativa o Estado possa colaborar para minimizar a prática, caracterizada por atos violentos, intencionais e repetidos, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas, dentro das escolas públicas do Paraná. “Os jovens, hoje, estão cada vez mais na internet e o bullying é cada vez mais comum. Muitos não têm orientação adequada e não sabem como lidar com isso. Por isso é de suma importância que um projeto como esse chegue o mais rápido possível a todos aos jovens paranaenses”, afirmou Oliveira.

“O projeto de promover a conscientização e o combate ao cyberbullying no ambiente escolar atende a uma necessidade do período que estamos vivendo, em que muito das interações sociais e trocas de informações acontecem na internet”, afirma o secretário da Educação, Renato Feder. “O governo e a Secretaria de Educação estão atentos a isso, queremos que a escola seja um ambiente saudável e que ajude os estudantes a entender o que é o cyberbullying”.

PRÊMIO – O programa, criado pela Copel Telecom em parceria com a Abrace Programas Preventivos, recebeu o troféu de melhor prática sustentável na categoria grandes empresas, eixo Paz. Dentre os 800 projetos inscritos, 36 foram classificados e 13 premiados.

O objetivo da premiação é impulsionar o avanço da agenda global de sustentabilidade no País e incentivar empresas e sociedade organizada a divulgar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na sua cadeia de valor. Os critérios para a escolha dos cases foram criados pela consultoria PwC, que também auditou todo o processo. As empresas que atingiram pontuação mínima definida pelos critérios estabelecidos pela PwC entrarão no Banco de Boas Práticas da Rede Brasil do Pacto Global.

PROJETO – Em 2017 o Comitê de Sustentabilidade da Copel Telecom abraçou o projeto Internet Sem Bullying, diante do desafio de criar uma identidade específica para subsidiária, alinhada ao negócio, seguindo o fundamento Desenvolvimento Sustentável do MEG e atendendo aos compromissos voluntários com o Pacto Global e os ODS.

A iniciativa somou-se às práticas de reciclagem de fibras ópticas, baterias e ao Carbono Zero, traduzindo a sustentabilidade em ações no âmbito da Copel Telecom.

Por meio de palestras em escolas estaduais, já conectadas pela internet da Copel Telecom, as equipes de voluntários oriundos de todas as subsidiárias e parceiros estratégicos de negócio, impactaram mais de 700 alunos da rede pública com o tema do cyberbullying.

“O projeto teve seu marco inicial numa época em que ocorreram alguns episódios graves em escolas e que tiveram sua origem em práticas de bullying e cyberbullying, que é o bullying digital”, explicou a analista Juliana Prosdossimo, coordenadora do Comitê de Sustentabilidade da Copel Telecom. “A receptividade nas escolas foi muito boa. Os alunos perceberam a importância da iniciativa para um ambiente digital inclusivo e pacífico. Tanto professores quanto alunos, buscavam respostas e soluções para este problema.”

Após as palestras, os alunos assinavam um painel se comprometendo a não praticar o bullying e relatar casos que tenham ou venham a ter conhecimento. Os adolescentes ganhavam um fone de ouvido para “não dar ouvidos ao bullying”.

“O intuito era mostrar que, além de levar a melhor conexão de internet para as escolas, a rede da Copel Telecom também pode se transformar numa plataforma de paz, de respeito às diferenças e de combate ao mau uso da internet”, complementou Ronnie Oyama, responsável pelo projeto.

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