O professor de matemática João Paulo de Carvalho é daquelas pessoas inquietas, característica que foi amplificada desde que assumiu há dois anos a direção do Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira, em Pinhalão, no Norte Pioneiro. Andando de um lado para o outro, sempre atento para ouvir professores e alunos, ele está mudando a cara da escola. Deixando tudo mais humano.
Em pouco tempo ele deu jeito em antigos problemas do centro de educação. Corrimãos foram instalados onde as pessoas costumavam cair. Rampas criaram novo acesso ao segundo pavimento, opção para quem não consegue vencer as escadas. Os banheiros também foram readequados, possibilitando o uso de quem tem algum tipo de deficiência.
Do outro lado, professores ganharam uma sala de permanência repaginada, com sanitário exclusivo. Fora adequações técnicas para atender o Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária. “É uma escola em constante evolução, algo que vai surtir efeito lá na frente, na aprendizagem do aluno”, diz ele.
O pacote todo representou um investimento de R$ 239.969,25 do Governo do Estado. Parte das ações foi custeada pelo programa Escola Bonita, da Secretaria da Educação e do Esporte. O projeto tem foco na execução de pequenos reparos na estrutura física das escolas, como pintura, melhorias nos espaços comuns, bibliotecas, laboratórios, quadras esportivas e pátios, além de serviços de jardinagem e limpezas especializadas.
“Educação é prioridade no nosso governo. Queremos oferecer a toda comunidade escolar uma estrutura adequada, em que o aluno possa se concentrar apenas no aprendizado. E o professor criar mecanismos para aplicar o conteúdo da melhor maneira possível”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Uma escola bonita, organizada, faz bem para a cidade inteira. E ajuda a melhorar o desempenho dos nossos estudantes”, acrescenta.
FUNCIONAMENTO – O Colégio Leonardo Francisco Nogueira não para. Em tempos de “velho normal”, sem pandemia de coronavírus, a qualquer momento do dia há um aluno aprendendo dentro da instituição. Atualmente são 283 jovens matriculados, entre ensino fundamental, médio e formação de docentes.
Hiohan Gabriel Freire Vilas Boas sonha ser professor. Está no segundo ano da formação de docentes. Pela manhã, faz estágio na própria escola. À tarde, volta a ser estudante. Ou seja, passa o dia dentro do colégio que já chama de segunda casa. “Essa reforma dá um gás para o aluno se empenhar mais, estudar mais”, diz. “A escola ficou mais bonita e acessível”, completa Miguel Henrique da Silva de Proença, também do segundo ano da formação de docentes.
ESCOLA BONITA – O Programa Escola Bonita, da Secretaria da Educação e do Esporte, foi formatado para revitalizar a infraestrutura das unidades da rede estadual de ensino. Até o mês passado já havia alcançado 66% dos 2.143 colégios estaduais de todo o Paraná.
No início do ano, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), vinculado à secretaria, repassou R$ 20 milhões para a revitalização das escolas. O Escola Bonita surgiu em 2020 como parte do Minha Escola Sempre Nova, programa estadual de investimentos para aquisição de equipamentos, mobiliários e utensílios para as unidades.
Para o presidente do órgão, Alessandro Oliveira, o trabalho em conjunto das instituições vai beneficiar principalmente o estudante da rede estadual. “O Escola Bonita é uma proposta que fortalece a importante parceria entre o Instituto Fundepar e a Secretaria da Educação para a melhoria da adequação dos nossos espaços escolares”, afirma.
APARELHAGEM – Entre os equipamentos adquiridos estão 2.790 climatizadores para atender 1,5 mil salas de aula de 170 escolas localizadas em 75 cidades das regiões Norte e Noroeste; além de 560 mil unidades de utensílios em inox, mil refrigeradores para a conservação de alimentos perecíveis; 5,1 mil conjuntos para refeitórios (mesas e cadeiras) e 160 aparelhos de bufê para manter aquecidas as refeições nas escolas com educação em tempo integral.
“O Colégio Leonardo Francisco Nogueira agora sim está mais bonito e dentro das normas”, ressalta a supervisora de obras do núcleo regional de Educação do Norte Pioneiro, Rejane Fadel Olivetti Vincenzi.