Com o objetivo de fomentar o diálogo entre a comunidade de dança local e os artistas do Balé Teatro Guaíra, o Centro Cultural Teatro Guaíra promoveu, nos meses de fevereiro e março, mais uma edição do projeto Escambo Cinético. Realizado em parceria com a Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra (ABABTG), o projeto é viabilizado por meio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, com incentivo da Galvão Locações.
Nesta edição, foram realizadas duas oficinas: "Percepção Ampliada: Experiências com Rolf®️ Movimento", ministrada pela professora convidada Alessandra Lange, em fevereiro; e "Dispara: estados fantásticos em dança", conduzida pela professora Gladis das Santas, que encerrou suas atividades na última sexta-feira (21). Aproximadamente 40 artistas participaram das atividades, promovendo um intenso intercâmbio de conhecimento e experiências.
Para Alessandra Lange, que integrou o Balé Teatro Guaíra entre 2002 e 2015, a experiência foi profundamente significativa. "Esse é um projeto que me interessa muito, porque abre a possibilidade de diálogo entre os artistas da cidade e aqueles que atuam no Balé Teatro Guaíra", destacou. Durante dez dias, ela compartilhou suas pesquisas com os participantes. "Eu trabalho muito com a metáfora casa-corpo e, para mim, estar aqui é, de certa forma, voltar para casa", completou.
Gladys das Santas também ressaltou a riqueza da experiência e o desafio de trabalhar com um grupo diverso. "Foi muito desafiador, porque trabalhamos com artistas de Curitiba e de outras cidades do Paraná. É uma honra dividir isso com os bailarinos e bailarinas do Balé Teatro Guaíra. Estar com todas essas pessoas nos incentiva e traz um diferencial para a construção dessas conexões", afirmou.
Participante da oficina, o estudante universitário Lian Scremin, de 23 anos, destacou o impacto da experiência em sua trajetória. "Foi uma experiência incrível, que me deu ainda mais força para continuar na dança e buscar sempre algo novo", afirmou. Ele conheceu o projeto pelas redes sociais e se sentiu motivado a participar por ser aluno de Gladys no curso de Dança da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Para o artista performer e mestrando em Artes pela Unespar, Alan Brasileiro, o projeto despertou grande interesse a partir do nome do projeto. "Escambo remete a muitas questões históricas e, ao participar, pude compreender e sentir como essas trocas entre artistas são ricas", comentou.