Equipes da CGE inspecionam travessia da Baía de Guaratuba

As visitas de inspeção, que já haviam começado com o Programa CGE Itinerante, em maio, foram determinadas pelo controlador-geral do Estado, Raul Siqueira. Objetivo é verificar a operação da nova empresa.
Publicação
02/08/2021 - 14:50

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A Controladoria-Geral do Estado (CGE) fará inspeções constantes na travessia da Baía de Guaratuba, no Litoral, para verificar o cumprimento das cláusulas contratuais pela empresa que assumiu o serviço em abril. Na sexta-feira (30) à noite e no sábado (31) pela manhã, equipes da CGE verificaram o tempo de travessia e conversaram com os usuários.

As visitas de inspeção, que já haviam começado com o Programa CGE Itinerante, em maio, foram determinadas pelo controlador-geral do Estado, Raul Siqueira. “Com a recente requisição administrativa de uma das balsas da empresa que fazia a travessia anteriormente, o tempo despendido pelos usuários foi reduzido. Por isso voltamos ao Litoral para verificar a efetividade dessa ação”, explicou Siqueira.

Ele disse que outras inspeções, em dias a serem definidos, serão feitas para acompanhar a prestação do serviço e o grau de satisfação da população.

“Essa é uma ação preventiva, para evitarmos que o cidadão passe por aborrecimentos nos dias de maior movimento. Seja em fim de semana ou em dias úteis, fiscalizaremos o cumprimento do contrato, pois a empresa que venceu a licitação se comprometeu em oferecer um bom serviço”, completou o controlador-geral do Estado.

RECLAMAÇÕES – Desde abril, a Ouvidoria-Geral recebeu mais 150 reclamações e denúncias, que indicavam má prestação do serviço. Passado um mês de operação da empresa BR Travessias, que venceu a licitação para fazer o serviço de ferry-boat, o programa CGE Itinerante visitou o local e colheu mais 80 reclamações.

O material resultou em informação técnica ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER), com questionamentos e pontos do contrato que precisavam ser cumpridos com celeridade.

A situação era tão complexa que a prefeitura de Guaratuba decretou situação de emergência. De acordo com o termo de referência que orientou a licitação, a duração máxima da travessia deve ficar em até 22 minutos na alta temporada e 32 minutos na baixa temporada. Porém, usuários reclamaram que a demora chegou a 4 horas em determinado dia e relatavam número insuficiente de embarcações e falta de manutenção.

RESULTADOS – Para tentar resolver a situação, já que a BR Travessias prometeu operar com nova balsa em cerca de 60 dias, em 15 de julho foi feita a requisição administrativa da embarcação da antiga empresa que fazia a travessia. “Percebemos redução bastante expressiva no tempo entre o pagamento do tíquete de embarque até o efetivo desembarque na outra margem”, disse Gil Souza, diretor de Auditoria, Controle e Gestão da CGE, que participou pessoalmente da ação.

Os servidores da CGE colocavam um prisma numerado sobre o carro que acabara de pagar a tarifa. Depois, na hora do embarque, outros servidores registravam o tempo e, depois, a equipe de bordo fechava o tempo dispendido. “Em média, na noite de sexta-feira e manhã de sábado, o tempo girou em torno de 15 a 20 minutos”, concluiu Souza.

O resultado dessas ações permitirá embasar eventuais cobranças à empresa para que melhore a prestação do serviço. O não cumprimento gera multas e outras sanções, por enquanto a cargo do DER, responsável pela contratação.

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