Uma ação desencadeada pelo Centro de Inteligência da Polícia Militar com apoio do 22º Batalhão de Polícia Militar, culminou na prisão de uma mulher e na apreensão de três armas de fogo, celulares e de uma caminhonete, após o cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão e de três mandados de prisão na segunda-feira (20). O trio teria praticado tentativa de latrocínio a um policial militar no dia 6 de setembro, no Bairro Alto, em Curitiba.
Durante a abordagem houve confronto com os suspeitos e um deles acabou sendo morto no local. O segundo homem foi levado a um hospital. A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) também prestou apoio nas investigações e com a solicitação dos mandados judiciais.
O resultado faz parte do programa PM Vítima, coordenado pelo Centro de Inteligência da Corporação, que visa dar assistência aos casos de homicídio, tentativa de homicídio e outros crimes contra a vida de militares estaduais e seus familiares.
“Tínhamos várias situações que não eram elucidadas e, diante disso, criamos o PM Vítima, com o objetivo de apurar todos os fatos das ocorrências em que os policiais militares são vitimados em razão do serviço”, explicou o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira. “Nessa questão em específico, tão logo ocorreu o roubo ao militar estadual, o grupo foi acionado, interagiu com a Polícia Civil, e após identificados os envolvidos, foram emitidos os mandados de busca e apreensão e de prisão”.
ABORDAGEM – As equipes policiais monitoraram a atividade de dois dos suspeitos, que usavam um Citroën C4 Pallas, e, ao chegarem na Rua Castro, no bairro Guaraituba, anunciaram a abordagem. “Os policiais militares e civis estavam em campo monitorando essas pessoas e uma das equipes flagrou dois homens. Ao ser feita a abordagem, houve resistência e confronto armado. Um ferido acabou morrendo e outro foi encaminhado ao hospital”, disse o subcomandante-geral da PM, coronel Rui Noé Barroso Torres.
Segundo o boletim de ocorrência, no carro dos suspeitos foram encontrados um revólver de calibre .38 e uma pistola de calibre .380. Os policiais militares e civis continuaram com a operação e cumpriram um mandado de prisão contra uma mulher, que também tinha envolvimento no ataque ao policial militar, e os mandados de busca e apreensão que resultaram na apreensão de roupas usadas no dia do crime, uma caminhonete utilizada na fuga, a terceira arma de fogo, celulares e outros pertences.
Durante a operação, segundo o delegado titular da DFR, Marcelo Magalhães Pereira, além de roupas usadas no dia do crime, também foram localizados os trajes usados por um dos suspeitos em um roubo ocorrido no dia 25 de agosto, na mesma agência bancária em que o policial militar foi atacado.
“Ele agiu da mesma forma como foi com o policial, mas nesta situação ele conseguiu levar uma certa quantia em dinheiro da vítima, o que comprova o envolvimento dele em outras ocorrências semelhantes”, explicou.
De acordo com o delegado adjunto da DFR, Thiago Baltazar, ainda há procedimentos a serem adotados para a conclusão do inquérito. “Temos algumas diligências a serem desenvolvidas como, por exemplo, o interrogatório do suspeito baleado, da mulher presa e de outras testemunhas, além das perícias nas armas de fogo”, detalhou.
O trabalho entre as duas polícias foi essencial para o resultado da operação. “Esse trabalho conjunto é exemplo de integração entre as forças de segurança. A PM fez um trabalho de inteligência e a Polícia Civil fez a parte de Polícia Judiciária. Enaltecemos o apoio do Ministério Público e do Judiciário pela celeridade com a emissão dos mandados judiciais”, disse Marcelo.
CASO – O soldado da PM foi atacado quando saía de uma agência bancária na noite de 6 de setembro. Ele reagiu e houve confronto armado, porém ficou ferido e foi internado em estado grave. Os suspeitos fugiram do local e a partir de então iniciou-se o trabalho de inteligência para identificar os autores do crime. “O policial quase morreu, mas depois de ser submetido a uma cirurgia conseguiu se recuperar e já está em casa”, disse o coronel Hudson.