Mais de mil pessoas de 24 estados brasileiros participaram do encontro Inovação Digital: Caminhos para a Educação Fiscal, realizado nestas quinta e sexta-feira (20 e 21) pela Escola Fazendária (Efaz), da Secretaria estadual da Fazenda, em seu canal no YouTube.
O evento foi pioneiro sobre o tema, contou com palestras de especialistas de todo o País e a apresentação de cases de sucesso na área.
“Tivemos uma audiência muito boa, acima do esperado. O encontro foi importante para fomentar a colaboração entre os estados para que todos aprendam com as experiências dos demais, para aplicar projetos em benefício da sociedade”, explica Mário Brito, diretor da Efaz.
Apresentando o caso da Escola de Gestão do Paraná e suas transformações em tempos de pandemia, Maria Cristina Dias Bittencourt, coordenadora da equipe de ensino da EGP, mostrou como a escola se adaptou e passou a oferecer seus cursos somente na modalidade a distância.
A Escola de Gestão iniciou seus trabalhos em 2004, e no período de 2007 a 2009 contabilizou mais de 100 mil certificados emitidos a servidores em ações de capacitação desenvolvidas em cursos presenciais e a distância, seminários e workshops.
Entre 2016 a 2019 a predominância dos cursos era de forma presencial. Em decorrência pandemia, a modalidade de Ensino a Distância (EAD) assumiu o protagonismo, sendo 40 cursos disponibilizados nesta modalidade, com mais de 17 mil certificados emitidos até agora. “Tivemos que nos reinventar, não foi apenas uma transição de cursos para a modalidade a distância, foi preciso pensar em como ofertar esses cursos presenciais em formato EAD”, explica.
Os cursos capacitaram servidores e sociedade civil em 305 municípios paranaenses e foram vistos em mais de 16 estados do País. Além do Brasil, foram acessados em mais dois países. Com isso, em 2020 a escola ultrapassou fronteiras e ampliou o alcance de capacitação e aperfeiçoamento para outros municípios, estados e países.
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ALCANCE VIRTUAL – A Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem um importante histórico no ensino de educação fiscal. São mais de 17 anos trabalhando de forma presencial com seminários, palestras, oficinas, apresentações teatrais, músicas temáticas e concursos culturais.
Com a chegada da pandemia da Covid-19 foi preciso buscar novas ferramentas e se adequar aos novos moldes de comunicação. “Montamos uma estrutura para poder realizar os eventos de educação fiscal de forma virtual”, explica Marcílio Hubner de Miranda Neto, professor da UEM, onde atua em projetos de Educação Fiscal desde 2004.
Além da qualificação da equipe técnica, foi preciso pensar ferramentas de alcance do público-alvo, além de aquisição de equipamentos eletrônicos para a produção e transmissão de lives através do canal Amigos do Mudi no YouTube.
Entre 2020 e 2021 foram realizadas, de forma virtual, dez palestras e quatro seminários com altos índices de público e engajamento. Com isso, o canal já conta com mais de 5 mil inscritos em seu primeiro ano de criação, colaborando com a democratização do acesso aos conteúdos de educação fiscal.
NOVAS FORMAS – Professora de uma escola da rede municipal em Vale Verde (RS), Maria Cristina Kaufmann apresentou na palestra “Educação Fiscal em tempo de pandemia”, projeto de educação fiscal criado para motivar e criar novas formas de aprendizado para os alunos. Através das redes sociais como YouTube, WhatsApp, Facebook e Instagram, os estudantes compartilhavam suas experiências de aprendizado do tema.
O projeto foi desenvolvido durante o ano de 2020 na disciplina de Estudos Cooperativos e contou com a participação dos alunos de forma online. “No contexto de isolamento social e das escolas fechadas, os professores e alunos foram obrigados a se reinventar”, diz.
Na produção do projeto, os alunos tinham que estudar sobre educação fiscal e gravar vídeos sobre os temas sugeridos, com o propósito de divulgação em redes sociais. Foram realizados oito vídeos com o objetivo de apresentar o projeto e difundir as questões da educação fiscal no Estado, como tributos, impostos, nota fiscal do produtor, entre outros.
APP CIDADÃO – Mayton Ferreira da Silva, técnico da Receita Estadual de Minas Gerais e professor de educação financeira, desenvolveu o jogo Cidade Legal para auxiliar no aprendizado de alunos do 5º ao 8º ano. “O jogo trata de temas ligados à educação fiscal, retratando a vida em sociedade”, explica.
Com o jogo, os alunos podem aprender sobre educação fiscal e o mais importante – jogando de casa. As temáticas abordadas no games foram questões cotidianas que se relacionam com a ideia de funcionamento de uma cidade. Ao jogar, o aluno presencia questões sobre meio ambiente, sustentabilidade, educação financeira, empreendedorismo, acessibilidade, segurança pública e voluntariado.
GAMES – Na quinta-feira, o grande destaque foi o módulo com palestras que mostraram como a criação de games educativos pode auxiliar na educação fiscal e na promoção da cidadania. “Foi um conteúdo riquíssimo, mostrando como a linguagem inovadora dos games, totalmente conectada às crianças e adolescentes, pode ser fundamental para o aprendizado”, finalizou Mario Britto.
