A Secretaria de Estado da Saúde promoveu nesta terça-feira (27) um webinar para marcar o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. O evento, organizado pela Diretoria de Atenção de Vigilância em Saúde, por meio da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, contou com a participação de profissionais que atuam na área nas 22 Regionais de Saúde do Estado.
O Dia Mundial das Hepatites Virais foi instituído em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a Lei Federal nº 13.802/2019 instituiu o Julho Amarelo, a ser realizado a cada ano em todo o território nacional, quando são efetivadas ações relacionadas à luta contra as hepatites virais, que são doenças infecciosas que acometem o tecido hepático fígado.
“As hepatites constituem uma questão de saúde pública. Em geral acontecem de forma assintomática e, por serem silenciosas, merecem toda a atenção no diagnóstico e, principalmente, na orientação à população para a vacinação contra a doença e realização dos testes rápidos ofertados gratuitamente pela rede pública de saúde”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O diagnóstico da doença é feito através de exame de sangue. O Teste Rápido (TR) é uma forma simples e acessível de identificar a hepatite B e C. A realização dura em torno de 20 minutos e, conforme o resultado, a pessoa recebe as orientações e os devidos encaminhamentos.
“O TR para hepatite é realizado quando há suspeita da doença ou quando a pessoa, mesmo não apresentando nenhum sintoma, foi exposta a alguma situação de risco, como ter feito sexo sem preservativo, compartilhado agulhas e seringas, lâminas e outros materiais cortantes”, informa a chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Mara Franzoloso.
A adoção de medidas preventivas é a melhor forma de evitar a contaminação pelos vírus da hepatite. Essa foi a principal orientação do encontro virtual. "No caso das hepatites A, B e C, a forma mais segura e eficaz é a vacina e ela está disponível em toda a rede pública do Estado”, reforça a chefe da Divisão.
A vacina contra a hepatite A é fornecida para crianças entre 15 meses e menores de 5 anos e a contra a hepatite B também está na rotina do calendário infantil, sendo ampliada para todas as faixas etárias.
“Recomenda-se ainda evitar contato com sangue infectado, não compartilhando objetos cortantes ou perfurantes, nem instrumentos para preparação de drogas injetáveis. Outra recomendação importante é sempre usar preservativo nas relações sexuais, além de realizar procedimentos de tatuagem e colocação de piercing somente em estabelecimentos que utilizam material descartável e/ou esterilizado”, complementa Mara.
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DADOS – Em 2019, o Paraná notificou 1.716 casos de hepatite B (15 por 100mil/hab) e 1.171 de hepatite C (10,2 por 100 mil/hab). Em 2020, como reflexo da pandemia, houve uma queda, provocada principalmente pela diminuição dos testes. Foram 860 casos de B e 624 de C.
“É importante que haja uma sensibilização constante sobre as hepatites, com atualização dos nossos profissionais e informações à população sobre a necessidade da prevenção e acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento oportuno”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
Segundo a OMS, 400 milhões pessoas em todo o mundo devem estar infectadas pelos vírus da hepatite B e C, mas a maior parte sequer sabe que está doente, reforçando a hipótese que apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está infectada e só uma em cada 100 recebe tratamento.