Empresas com vocação social ganham espaço na Semana Paraná Inovador

Rodada de apresentações Impacta Paraná - Inovação Social em Movimento levou ao Palácio Iguaçu pessoas que encontraram soluções que ajudam as pessoas nas áreas de saúde, meio ambiente e acessibilidade. Elas afirmam que a Semana dá visibilidade a seus empreendimentos.
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16/10/2019 - 15:10
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O Governo do Estado abriu espaço para novos empreendedores mostrarem seus negócios na Semana Paraná Inovador. Nesta quarta-feira (16), a rodada de apresentações Impacta Paraná - Inovação Social em Movimento levou para o Palácio Iguaçu pessoas que encontraram soluções que ajudam as pessoas nas áreas de saúde, meio ambiente e acessibilidade.

Para Henrique Domakoski, superintendente de Inovação, a pauta social é de grande importância para o Governo do Estado. “Abrimos o Palácio Iguaçu para apoiar o protagonismo de nossos jovens empreendedores, aprendendo e escutando o que eles têm a dizer”, declarou no evento.

James Marins, do Instituto Legado, afirmou que a consciência cria empreendedores sociais, pois muitos partiram de experiências pessoais para criar seu negócio. Como marco do evento, eles assinaram a proposta de formação de um grupo de trabalho para acelerar projetos sociais e tecnológicos, com inovação.

A grande vantagem apontada pelos empresários é a visibilidade que o evento proporciona a seus empreendimentos, baseados em inovações tecnológicas e mudanças na maneira de se relacionar com o mundo e com as outras pessoas. “Ações sociais e ações comerciais podem andar juntas, sem uma competir com a outra ou substituir a outra”, afirmou Jac Fressatto, um dos criadores do Robô Laura, que auxilia hospitais no monitoramento da situação clínica de pacientes.

EMPREGO – O conjunto de algoritmos que constituem o Robô Laura é vendido a hospitais para auxiliar no gerenciamento de risco e deterioração clínica do paciente. “Em paralelo abrimos um instituto para levar a mesma tecnologia para hospitais carentes ou públicos, sem custos”, explicou Fressado. A empresa emprega 20 profissionais e foi validada em hospitais particulares.

Nos três anos de existência o Robô Laura nunca fechou no vermelho e, para o ano que vem, a previsão é buscar maior rentabilidade comercial. Fressatto completou que a Semana é um dos passos para se chegar a um relacionamento efetivo com o Estado e mostra que se está olhando com comprometimento para as novas empresas.

SAÚDE – Na área de Saúde, a Broder e a Helps auxiliam pacientes e seus familiares, com aplicativos para celulares. A Broder oferece companhia para pessoas com restrições de movimentos ou com doenças crônicas. Entre as atividades estão visitas ao médico, passeios e compras, ao custo de R$ 14 a hora. Eduardo Ramires explicou que o trabalho é executado, na maioria das vezes, por universitários, que têm o perfil conferido com o da pessoa que atenderá.

A Helps, por sua vez, direcionou o olhar para os medicamentos jogados fora e na gestão da “farmácia doméstica”. Pelo aplicativo e informações do código de barras do remédio é possível compartilhá-lo e receber orientações sobre a data de validade e descarte correto. O serviço é gratuito, mas pode custar R$ 9,90 por mês, com direito a convênios com farmácias.

Davi Cherigate fundador da Helps explica que um a cada cinco remédios vai para o lixo e, por isso, sua start up tem impacto social e ambiental e gera lucro para poder ampliar sua atuação. Lançada há apenas duas semanas, a plataforma já tem 400 usuários.

“A Helps auxilia a gestão da farmácia doméstica e, se possível, compartilha sobras de medicamentos em grupos privados, como o da família, ou publicamente”, completou Cherigate. Para ele, a Semana Paraná Inovador, é mais uma forma de ter visibilidade e se integrar com outros empresários e com órgãos oficiais.

MEIO AMBIENTE – Reduzir a quantidade de lixo acumulada em aterros é a preocupação das empresas Reciclaê! e Compostar. A primeira, apresentada por Victor Brisk, faz a ponte entre a população e catadores ligados à prefeitura. Pelo aplicativo é possível agendar a coleta, com a foto e nome do coletor. Brisk explicou que o próximo passo é implementar sistema de pontos para descontos em supermercados.

A Compostar se concentra nos resíduos orgânicos, que respondem por 50% do total de lixo, para reduzir a emissão de gases tóxicos e produção de chorume. “A compostagem como alternativa para transformar em adubo e fertilizate líquido, fazendo o resíduo voltar para a terra. A gente precisa dessa mudança”, contou Luiz Falcão. A Compostar trabalha com resíduos residenciais e de empresas e emprega sete pessoas. “O governo está olhando para nós como inovação. A gente sente que está no caminho certo”.

ACESSIBILIDADE – O cuidado a pessoas com deficiência é o foco de três empresas. A Mundo Adaptado, surgiu da necessidade vivida por Carla Delponte, com o nascimento de seu filho com paralisia cerebral. Ela idealizou uma plataforma de conteúdo colaborativo, para orientar pais e reunir, em um único lugar, informações sobre como adquirir serviços e produtos disponíveis a pessoas com deficiência.

A Veever, aplicativo grátis de localização para pessoas com deficiência visual, foi usada nesta última edição Rock in Rio. João Pedro Novochaldo detalhou que as empresas podem colocar sensores que identificam por meio de voz eletrônica o ambiente ou o veículo, com a aproximação do usuário.

Pais de crianças com sintomas do espectro autista ou com síndrome de Down contam com uma metodologia estudada para se relacionar com os filhos. A empresa Oi Caixinha entrega periodicamente uma caixa com brinquedos pedagógicos que estimulam habilidades nas crianças, acompanhada de explicações de como usar o material.

“Desenvolvemos a metologia para promover interação e conexão com as crianças e melhorar seu desenvolvimento. É um clube de brincar”, comentou Pamela Basso. Na plataforma on-line há orientações para os pais, que podem optar pela aquisição das caixas.

TRABALHO – A startup Badu Design foi apresentada por Ariane Santos como um caminho para a “revolução humana e desenvolvimento sustentável”. A empresa capacita mulheres em situação de vulnerabilidade a trabalhar com resíduos têxteis, com noções de composição e design. Ariane contou que já foram exportadas produções para a Áustria e para Califórnia, nos Estados Unidos.

Frank Rolim, da Conecte.ai ajuda provedores de internet a vender mais e a banda larga chegar a cidades pequenas. Para ele com conexões mais rápida e seguras, o cidadão consegue acessar mais serviços.

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