O vice-governador Darci Piana recebeu nesta terça-feira (10), no Palácio Iguaçu, a visita do cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, David Hodge. Ele também participou de uma reunião virtual com a cônsul-geral da China, Chen Peijie. Em comum, a apresentação das potencialidades do Paraná, com a possibilidade de intercâmbio comercial e cooperação técnica.
“O Paraná passa por um bom momento, com uma série de possibilidades para investimento, principalmente estruturais, como rodovias, ferrovias e aeroportos”, disse Piana.
Ele deu detalhes de programas em desenvolvimento no Estado, como o Voe Paraná, de aviação regional, o Ganhando o Mundo, intercâmbio na educação, e a Nova Ferroeste, a malha ferroviária que vai ligar Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá – o projeto vai para leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no segundo semestre.
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“Somos o primeiro produtor de milho e o maior exportador de frango do País, um grande produtor de alimentos, sempre com foco na sustentabilidade. Temos fábricas de automóveis, uma economia sólida e precisamos cada vez mais de parceiros para investimentos”, destacou. “Há muitas oportunidades de negócios”.
O cônsul David Hodge disse que seu país tem muito interesse em fazer negócios com o Paraná e investir principalmente na agricultura. “Queremos também promover parcerias entre Brasil e Estados Unidos, como nas áreas de telecomunicações e saúde. Existe um interesse muito grande do setor privado para fazer investimentos no Brasil”, afirmou.
Para a cônsul-geral da China, a parceria comercial do País com o Paraná já é forte, especialmente em commodities como soja, trigo e milho. Porém, segundo ela, há potencial para incrementar a relação, com destaque para os projetos de infraestrutura em andamento no Estado. “Pude conhecer melhor o Paraná, aprender sobre os pontos fortes e as vantagens do Estado. O consulado pode servir como ponte entre o governo estadual e os empresários chineses”, disse Chen Peijie.
Uma comitiva do Estado será formada nos próximos meses com o objetivo de prospectar novos negócios no país oriental.
PARCERIAS E SUSTENTABILIDADE – Piana ressaltou também a importância da Invest Paraná na administração do Estado – a agência atua como ponte entre governo e iniciativa privada, auxiliando no levantamento de dados, fornecimento de informações e tomada de decisões estratégicas para atração e prospecção de novos negócios.
“A aproximação entre o empresariado e o governo tem trazido resultados importantes. Isso vai transformar o Estado. Esse volume de negócios, nossas exportações do agronegócio, tudo isso trouxe resultados fantásticos para o Paraná”, disse.
Segundo o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, o Estado já passou dos R$ 120 milhões em investimentos provenientes da iniciativa privada, e uma das maiores preocupações para fazer bons negócios é a sustentabilidade.
“O Paraná foi primeiro Estado a criar um comitê público e privado (ESG), voltado à governança ambiental, social e corporativa. Quando falamos em sustentabilidade, falamos de logística reversa, de ações sociais. Os investimentos são bem-vindos desde que atuem fortes na parte da sustentabilidade. O agronegócio possui mais de 25% das áreas preservadas, mas isso tem que ser mostrado”, afirmou.
VOE PARANÁ – Piana também apresentou aos convidados o Voe Paraná, maior programa de aviação regional do País. A ideia é conectar o Interior com a Capital, e consequentemente ao restante do Brasil. Cianorte, Telêmaco Borba, Arapongas, Campo Mourão, Apucarana, Guaíra, Francisco Beltrão, Cornélio Procópio, União da Vitória e Umuarama estão ligadas com Curitiba com voos semanais, operados pela Azul Linhas Aéreas. O programa serve como um estímulo ao turismo regional, que emprega muitas pessoas, e favorece o desenvolvimento de comunidades locais.
EDUCAÇÃO – Além disso, foram levantados projetos na área de Educação, como o programa de intercâmbio internacional Ganhando o Mundo, criado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte para oferecer a estudantes do Ensino Médio uma formação em instituições de ensino estrangeiras que tenham curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil. Os jovens são selecionados com base em um ranking de melhores notas entre as escolas estaduais.
Para aperfeiçoar o idioma, os selecionados terão acesso a um curso de inglês via aplicativo, ofertado em parceria com as universidades estaduais vinculadas à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Piana também reforçou que todas as escolas do Estado têm inglês obrigatório, além de aulas de educação financeira, empreendedorismo e robótica, para capacitar crianças a lidarem com a linguagem de tecnologia.
O vice-governador ainda destacou o potencial do ensino superior do Paraná, com a administração de sete universidades pelo Estado. “O Paraná mantém 5.500 doutorandos e mestrandos para buscar trabalhar integração de empresas e desenvolvimento. Estamos fazendo com que cada universidade tenha programas para melhorar o setor produtivo regional, trabalhando em função das necessidades da produção local”, arrematou.
PRESENÇAS – Participaram dos encontros o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; o secretário do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Brasil (Erepar), Paulo Fernando Pinheiro Machado; o vice-cônsul para Assuntos Administrativos, Matthew Philip; e a assessora política do consulado dos EUA, Arlete Salvador.