A Sanepar investiu R$ 1,65 bilhão somente em sistemas de esgotamento sanitário nos últimos três anos e três meses. Esses recursos beneficiaram 162.790 famílias que passaram a ter o serviço de coleta de esgoto em seus imóveis.
Para atender a todas essas novas ligações, a Companhia construiu 14 novas estações de tratamento e implantou quase 4 mil quilômetros de rede coletora, além da ampliação e melhoria da eficiência dos sistemas já existentes.
“Investir em saneamento, nos sistemas que garantem produção e distribuição de água tratada e coleta e tratamento de esgoto, é dar mais conforto e saúde aos paranaenses”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O Paraná é destaque no país no atendimento à população com esses serviços, o que demonstra nossa preocupação com a qualidade de vida”.
As obras e investimentos da Companhia elevaram o índice de esgotamento sanitário de 73,6%, em 2019, para 77,5% da população, no primeiro trimestre de 2022. E 100% do esgoto é tratado.
Esse é um dos mais altos indicadores do Brasil, que tem 43% do esgoto coletado – e 55% de tratamento –, e aproxima os municípios paranaenses da meta de 90% estabelecida pelo novo marco de saneamento até o ano de 2033.
Para chegar a esse patamar, os investimentos previstos pela Companhia em esgotamento sanitário são crescentes nos próximos anos. O Plano Plurianual de Investimentos prevê R$ 5 bilhões de 2022 a 2026.
O diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, afirmou que a coleta e o tratamento de esgoto representam saúde preventiva e reduzem a fila nos postos de saúde e hospitais. “A Sanepar utiliza novas tecnologias para melhorar a performance de nossos sistemas. Nosso planejamento prevê não só a ampliação do atendimento à população, mas também a adoção de tecnologia sustentável que contribua para o meio ambiente”, completou.
OESTE – Na Região Oeste, por exemplo, a Sanepar iniciou em maio as obras que vão levar, pela primeira vez, serviços de coleta e tratamento de esgoto para moradores de Capitão Leônidas Marques.
O montante de R$ 37,8 milhões será destinado para construção de uma moderna estação de tratamento de esgoto, assentamento de 51 quilômetros de rede coletora e interligação de 2.372 imóveis ao sistema. Prevista para ser concluída em agosto de 2023, a obra vai assegurar inicialmente atendimento a 52% da população.
NOROESTE – No Noroeste, os investimentos de R$ 6,4 milhões são em obras de ampliação do esgotamento sanitário em Doutor Camargo. A rede de esgoto está sendo levada para os bairros Conjunto Mutirão 5, Jardim América, Jardim Nova América, Jardim Santa Clara e Loteamento Bela Vista e beneficiará cerca de 870 famílias.
Estão em implantação mais de 17,4 km de tubulações, entre rede coletora, interceptor e linha de recalque, além da construção de uma estação elevatória. Com estas obras o índice de cobertura passará de 41% para 70% da população urbana.
Uma das famílias beneficiadas com essa ampliação é a de Heitor Manoel Rosa, de 74 anos, morador do Jardim América. Ele acompanhou de perto a implantação da rede coletora de esgoto em frente ao seu imóvel. Chamou a sua atenção o uso de equipamento, que faz a cravação de tubulação por baixo da terra, sem a necessidade de abertura de valas.
“Essa obra vai trazer benefício à saúde, que é mais importante que dinheiro. E tem essa modernidade de não precisar abrir valeta com trator. Eles não estragam nem a calçada nem o asfalto”, afirmou.
MAIOR ESTAÇÃO DO PARANÁ – Além da modernidade na implantação e ampliação do esgotamento sanitário em cidades menores, a Sanepar também aumentou em 70% a capacidade de tratamento da estação Belém, em Curitiba, a maior do Estado – atende cerca de 800 mil moradores da Capital e São José dos Pinhais. Os recursos de R$ 140 milhões asseguram atender o crescimento da demanda até 2033 e também modernizam a estrutura.
A Sanepar utilizou pela primeira vez aço inox na execução de tanques que atuam como decantadores primários. Esse material possibilita instalação mais rápida e diminui a manutenção em seu funcionamento.
Outro benefício é que os novos tanques modificam o processo de tratamento da ETE Belém, tornando-o mais eficiente do ponto de vista energético. É que a redução da carga orgânica na primeira fase de tratamento demanda menos energia elétrica ao longo do processo.