O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou nesta quinta-feira (7), durante a visita à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que a parceria com a entidade, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o Tecpar na implementação de uma Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 em Curitiba foi fundamental na estratégia de testagem em massa da população. Esse é um dos pilares para o isolamento de casos positivos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Estado ultrapassou 1 milhão de testes do tipo RT-PCR realizados na Unidade e é um dos líderes em testagem no País. Até o começo de dezembro do ano passado, por exemplo, o Paraná concentrava 35% de todos os diagnósticos do País.
O volume diário de testes na Unidade pode ultrapassar 10 mil por dia, com 11 máquinas operando a todo vapor. Seis em cada dez testes realizados no Estado foram feitos nesse local, 63% do total desde o começo da pandemia.
A Fiocruz tem quatro unidades nesses moldes - além do Paraná, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Ceará. A capacidade operacional é de 40 mil testes por dia.
“Conhecemos o laboratório de análise dos testes na Fiocruz. O Paraná tem um similar desde abril. Com ele passamos a ser o Estado que mais fez testes no Brasil, o que nos ajudou a balizar as decisões”, disse Ratinho Junior. “Estamos bem à frente dos demais estados com o apoio da Fiocruz e do IBMP, o que ajudou no enfrentamento do novo coronavírus”.
Segundo Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, a história da parceria com o Paraná é longa e envolve, além do IBMP, o Instituto Carlos Chagas e pesquisa científica aplicada. “Testagem é um instrumento de saúde pública para monitoramento. Temos a Unidade de Apoio e essa é uma forte iniciativa no Paraná, o Estado lidera esse processo no País. É motivo de satisfação para a Fiocruz e para o Brasil como um todo”, disse a presidente.
Ela ressaltou que mesmo com a vacinação em nível nacional, que deve começar entre janeiro e fevereiro, com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, a testagem em massa deve continuar como estratégia de combate para auxiliar a transparência e o acompanhamento da evolução e do perfil dos casos.
PARCERIA – A Fiocruz começou em abril a unir sua expertise à infraestrutura tecnológica com a implantação de Unidades de Apoio. Além do Rio de Janeiro, o Paraná, São Paulo e Ceará foram os estados contemplados com plataformas capazes de processar em larga escala as amostras suspeitas da doença.
No Paraná, os equipamentos foram instalados por Bio-Manguinhos, da Fiocruz, no Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). A unidade está localizada no Parque Tecnológico do Tecpar, no campus CIC, em Curitiba.
Ao todo, são 11 plataformas automatizadas para os testes e 140 funcionários. O novo espaço complementou os esforços que antes estavam concentrados apenas no Laboratório Central do Estado (Lacen).
TESTES NO PARANÁ – O Paraná ultrapassou em novembro a marca de 1 milhão de testes RT-PCR para diagnosticar a Covid-19, somando os esforços da Unidade e também do Lacen. A marca representa 9% de uma população de 11 milhões de habitantes e confirma o esforço do Governo do Estado para fazer um enfrentamento ágil e eficiente à doença.
No início da pandemia, o Lacen, laboratório referência no Paraná para diagnósticos de todas as doenças que possam oferecer risco à saúde pública, possuía capacidade operacional instalada para realizar, por dia, 120 testes RT-PCR para a Covid-19. Hoje este número é de pelo menos 600 diagnósticos/dia.
A Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 nasceu com capacidade para mil testes/dia, passou para 5 mil em junho do ano passado e para 10 mil em janeiro deste ano.