O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), publicou em diário oficial a homologação da licitação para recuperar seis segmentos da PR-170 em Bituruna, na região Sul do Estado, danificados pelas chuvas de anos anteriores.
Com isso, iniciam os trâmites internos para assinatura de contrato com o Consórcio Bituruna, formado pelas empresas Engemass Engenharia e Construção Ltda. e Engmetria Engenharia Ltda., no valor de R$ 20.198.000,00.
Após a contratação e ser emitida a Ordem de Serviço, o consórcio terá 90 dias para elaborar estudos e projetos, seguidos por 365 dias para executar os serviços na rodovia. Eles incluem contenção e estabilização de taludes, recomposição de pista e mitigação dos danos ambientais causados pelo escorregamento de materiais, de acordo com a situação registrada em cada local.
No segmento 01, que fica no km 487,840, está previsto o retaludamento com material rochoso, e uma chave granular na base do talude, para maior estabilidade. No segmento 02, km 486,201, além do retaludamento, será recomposto e aprimorado o sistema de drenagem danificado pelas chuvas.
Nos segmentos 03, 04 e 05, km 484,542, km 478,841 e km 474,107, respectivamente, será estabilizado o talude com muros de gabião. E no segmento 06, km 473,084, será feito o retaludamento com material rochoso e a chave granular, e também instalada tela metálica de alta resistência.
Todas as atividades serão realizadas de acordo com projeto básico e projeto executivo de engenharia elaborados pelo consórcio, após sondagens e ensaios geotécnicos, entre outros levantamentos e análises. Eles deverão confirmar as soluções previstas em estudo técnico preliminar (ETP) do DER/PR, ou oferecer opções ainda melhores para correção da PR-170.
CHUVAS – A rodovia sofreu vários danos devido ao excesso de chuvas na região. Somente em outubro de 2023 foi registrada precipitação máxima de 564,77 milímetros, superando o registro histórico para o mês ao longo de quase 30 anos. Com isso, aconteceu o encharcamento do solo e sobrecarga do sistema de drenagem de águas, levando aos danos nesses seis segmentos.
A rodovia já havia passado por reformas após danos causados pelas chuvas no final de 2022, no km 473 e km 487. Na ocasião foram recuperados os taludes e implantados sistemas de drenagem para lidar com as chuvas então registradas, de 305 milímetros no mês de outubro, quase metade da chuva que caiu um ano depois, voltando a danificar os locais recuperados.