A pandemia da Covid-19 já dura mais de 700 dias no Paraná e há pouco mais de um ano o Estado recebeu o primeiro lote de esperança para mais de 11,5 milhões de habitantes que ansiavam por uma vacina após 10 meses de luta contra uma doença mortal jamais vista em todo o mundo. Era o começo de uma campanha permeada por selfies e esperança em todo o País.
O ano de 2020 foi marcado pela necessidade de abertura de leitos, equipamentos e medicamentos para intubação de pacientes infectados, além das medidas de controle de distanciamento, sem um remédio definitivo. Já no último ano, a marca registrada deste enfrentamento é a vacinação com Coronavac, AstraZeneca, Janssen ou Pfizer, que já alcançou 76% dos paranaenses com duas doses ou dose única e vive uma de suas últimas etapas, abrangendo o público infantil.
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“As vacinas foram e continuam sendo um fôlego a mais nesta guerra contra a Covid-19, e não há dúvidas que graças a estes imunizantes milhares de vidas foram poupadas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “Por isso, mais do que nunca precisamos agradecer ao apoio dos municípios em fazer essas vacinas chegarem até o braço dos paranaenses”.
Os dados do Vacinômetro nacional de sexta-feira (11) registram ao todo 22.347.453 doses aplicadas no Estado, sendo 9.682.414 primeiras doses (D1), 8.470.345 segundas doses (D2), 328.907 doses únicas (DU), 3.615.214 doses de reforço (DR) e 250.573 doses adicionais (DA). Segundo um levantamento parcial da Secretaria de Estado da Saúde, pelo menos 612 mil crianças de 5 a 11 anos já receberam a D1, o que representa cerca de 57% deste público.
A aplicação destes imunizantes só foi possível graças à formação de uma das maiores forças-tarefas de logística do Estado, envolvendo diversas frentes do Governo, para armazenamento e distribuição de vacinas em tempo recorde. O ritmo foi o mesmo desde o início: chegada no Aeroporto Afonso Pena, encaminhamento para o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), conferência e divisão igualitária para todos os 399 municípios.
“As vacinas foram chegando e diferentes áreas se uniram em um trabalho excepcional, tanto da Defesa Civil, Casa Militar, Secretaria da Segurança Pública, e da nossa equipe da Saúde, incluindo as Regionais e os municípios que não se furtaram em fazer a vacina chegar lá na ponta em até 24h”, acrescentou Beto Preto.
CAMPANHAS – Além da logística, um dos acertos que fizeram o Paraná se destacar nacionalmente na vacinação contra a Covid-19 foram as campanhas instituídas pelo Governo e adotadas nos 399 municípios. As iniciativas “De domingo a domingo” e “Corujão da Vacinação” garantiram que centenas de paranaenses fossem imunizados aos finais de semana e em horários alternativos. Dos centenários às crianças, dos acamados aos trabalhadores ativos, o trajeto até o posto de saúde teve apenas um objetivo: a defesa contra coronavírus após um 2020 angustiante.
“Essas estratégias foram vencedoras”, afirmou o secretário. “Ninguém esperou a segunda-feira para voltar a vacinar. Passamos por momentos que talvez um, dois ou três dias de diferença pudessem contribuir para contaminar mais uma grande quantidade de pessoas, então sou agradecido pelo esforço de todos e pela estrutura montada durante este tempo, fazendo com que a vacina chegue a todos”.
DESTAQUE NACIONAL – O Paraná chega a março de 2022 como um dos cincos estados em que a vacinação alcança maior cobertura na população. No dia 18 de janeiro de 2021 o índice de internamento em UTI era de 84% (1.199 leitos). O último boletim do Estado mostra ocupação de 41% em 709 leitos. Em janeiro de 2021 foram 1.923 mortes. Em março deste ano, até o momento, 172.