Doença causada pelo Aedes aegypti mata mais uma pessoa no Paraná

Ocorrência está no primeiro boletim sobre a doença divulgado neste ano pela Secretaria da Saúde. Estado soma 1.724 casos e seis mortes no período epidemiológico iniciado em agosto. Está sendo realizada uma força-tarefa para conter um surto em Sengés, nos Campos Gerais.
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12/01/2021 - 12:43
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A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta terça-feira (12) o primeiro boletim de 2021 com os dados do monitoramento da dengue no Estado. São 1.724 casos confirmados no período epidemiológico, que teve início em agosto do ano passado.

O boletim registra um novo óbito por dengue, ocorrido em Foz do Iguaçu, um homem, de 87 anos, que apresentava comorbidades como hipertensão, cardiopatia e sequela de acidente vascular cerebral.

O Paraná soma 6 óbitos no período, nos municípios de Foz do Iguaçu (2), Apucarana (1), Assai (1), Cambé (1) e Londrina (1). Atualmente, 186 municípios apresentam casos confirmados de dengue no Estado, sendo que 16 apresentam casos de dengue com sinais de alarme e 7 têm casos de dengue grave.

SENGÉS - A Secretaria da Saúde realiza neste momento força-tarefa para atendimento a um surto no município de Sengés, na região dos Campos Gerais. A cidade, que faz divisa com o estado de São Paulo, tem cerca de 19 mil habitantes e contabiliza 73 casos confirmados da doença.

“O Paraná está atento à dengue e faz, desde a última semana de dezembro, um trabalho de contenção de surto em Sengés, visitando todas as casas de bairros que apresentam infestação do mosquito transmissor da dengue para eliminação dos criadouros e orientação da população”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

TAREFA - O trabalho em Sengés segue os protocolos de prevenção da Covid-19 e continua até o fim desta semana, envolvendo profissionais das Regionais de Saúde de Jacarezinho e de Ponta Grossa, além de técnicos da vigilância do município.

Cerca de 1.300 imóveis dos bairros Vila São Pedro e Conjunto Habitacional Osvaldo Sampaio já foram visitados pelas equipes. Em cerca de 500 foram encontrados criadouros do Aedes aegypti, nos quintais e nas varandas das casas.

As equipes detectaram e removeram de forma mecânica centenas de criadouros em recipientes usados para armazenar água como baldes, caixas d´água e tanques.

“O problema é que estes reservatórios improvisados estavam descobertos, por isso, além da remoção dos focos, as equipes da vigilância orientaram os moradores sobre a necessidade da proteção no caso do armazenamento de água. É preciso tampar ou colocar tela nestes recipientes”, informou a coordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde, Ivana Belmonte.

Segundo a coordenadora, os técnicos encontraram, ainda, criadouros considerados “clássicos”, como em pratinhos de vasos de plantas, pneus, baldes destampados, entulhos e lixo acumulados em ambientes externos das casas”, relatou a coordenadora.

Quatro caminhões com lixo, contendo vários tipos de recipientes e vasilhames que serviam de criadouro para o mosquito foram retirados até agora. “Com este trabalho conseguimos eliminar milhares de larvas do Aedes aegypti, que ao completarem o ciclo para a fase alada estariam transmitindo a dengue”, disse o biólogo Rubens Massafera responsável pelo Núcleo de Vigilância Entomológica  da 19ª Regional de Jacarezinho.

ARMADILHAS – As equipes da Secretaria da Saúde também estão instalando armadilhas para mensurar a presença do vetor em outros bairros da cidade. São armadilhas do tipo Ovitampra incorporadas pelo Programa Nacional de Controle da Dengue e que reproduzem o ambiente de um criadouro para efeito de pesquisa. Das 15 primeiras armadilhas instaladas, 10 detectaram e presença do mosquito Aedes aegypti.

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