Depen melhora alimentação
de servidores e detentos

Acordo com a empresa responsável pelo fornecimento de comida ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) extinguiu as embalagens de isopor e a economia resultou em diversas vantagens aos servidores e presos.
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27/11/2019 - 15:00

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Mais sabor e melhor qualidade, além de um lanche a mais aos internos e frutas aos agentes, essa é a realidade da alimentação na Penitenciária Central do Estado – Unidade de Segurança após a implantação de uma série de mudanças. Um novo acordo com a empresa responsável pelo fornecimento de comida ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) extinguiu as embalagens de isopor e a economia resultou em diversas vantagens aos servidores e presos.
“Buscamos sempre melhorar as condições de custódia e de trabalho dentro do sistema penitenciário. Essa nova forma de oferecer a alimentação dos presos tem vários pontos positivos, sem que o Depen tivesse qualquer tipo de ônus”, afirmou o diretor-geral da instituição, Francisco Caricati. Como o jantar dos presos é servido às 17h, um lanche  passou a ser servido à noite. Para os agentes, após o almoço, é entregue uma fruta como sobremesa.

O meio ambiente também ganhou com a mudança, uma vez que os antigos recipientes não eram reutilizáveis. “Para servir o almoço e o jantar dos quase 1,7 mil presos da unidade, usávamos 3,4 mil marmitas de isopor por dia. Após a refeição, elas precisavam ser lavadas e guardadas até que a empresa fizesse o descarte correto. Ficava aquele monte de marmita nos setores, com mal cheiro, gastando água, aumentando a quantidade de insetos”, explicou o diretor.
Antes, a unidade tinha uma média de consumo de 105 mil marmitas por mês. Trinta presos implantados no canteiro de faxina eram responsáveis por juntar o lixo e limpar a área externa da penitenciária após as refeições, trabalho que levava pelo menos duas horas para, segundo um dos idealizadores e responsáveis pelo projeto, Lindoês Antônio Saretta, que também é vice-diretor da unidade.

Depois, ainda era necessário fazer a lavagem de tudo. “Agora, as refeições são feitas em pratos e cada detento é responsável pela higienização do seu prato”, explicou.

“Ao receber a alimentação em suas celas, após comerem, jogavam as embalagens pelas frestas das celas, para a área externa, acompanhadas de restos de comida, o que acarretava mau cheiro”, explicou Saretta. A partir de agora, a salada, o arroz, a mistura e o complemento chegam aos presos em cubas de inox, o feijão se mantém como já era, servidos em saquinhos plásticos, e os alimentos são servidos nos pratos plásticos.

“Vem tudo separado, mas dentro dos hotbox. Eles abrem o pacote, a temperatura está mais quente do que antes e o sabor também melhorou, porque antes a embalagem mudava o gosto da comida. Para entregar nas galerias, ficou mais rápido e melhor também”, destacou o vice-diretor. “Cada cela recebe um pote pra cada tipo de alimento, assim, o preso que não gosta de alguma comida, por exemplo, já nem pega”, afirmou.

Ele ainda contou que a mudança tem agradado o público-alvo. “A aceitação foi muito boa. Conversamos com vários detentos que nos relataram que gostaram da mudança, porque parece que estão comendo em casa, ficou mais digna esta forma de alimentação”, afirmou.

De acordo com o plano descrito pelo diretor-presidente da empresa responsável pela alimentação dentro das unidades, a nova modalidade prevê a possibilidade de escolha e visualização das preparações por parte do Departamento Penitenciário. Por conta da melhoria na alimentação e os demais benefícios à vida no cárcere, o acordo de mudança pode ser ampliado. “Este é um projeto-piloto, que está sendo testado e já tem mostrado bons resultados. A ideia é de que em breve essa modalidade de alimentação passe a ser implementada também em outras penitenciárias do Estado”, destacou Caricati.

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