A Polícia Civil do Paraná (PCPR) registrou, em 2024, um aumento de 118% no número de prisões realizadas pela Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade (DHMC) em comparação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 81 prisões. Ao todo, foram 177 prisões, sendo 26 delas de foragidos da Justiça por crimes contra a vida.
A DHMC é responsável por investigar homicídios complexos ocorridos antes de 2020 e tem direcionado esforços para localizar foragidos com mandados por crimes antigos.
Além disso, a unidade concluiu 337 investigações, o que representa um aumento de 17% em relação a 2023. De acordo com o delegado Thiago Filgueiras, responsável pela DHMC, esses resultados foram alcançados graças ao planejamento estratégico e investimentos em segurança pública. "Eles proporcionaram melhorias estruturais, aquisição de novos equipamentos e ampliação do efetivo", disse.
Entre as prisões realizadas, destacam-se três casos. Em maio, foi preso um homem, de 55 anos, condenado por homicídio ocorrido em 1997. O mandado foi expedido em 2012, após sentença de 12 anos, nove meses e 10 dias em regime fechado.
Ainda em maio, no bairro Capão Raso, na Capital, foi preso um homem, de 67 anos, condenado por um feminicídio ocorrido em 2013, em Florianópolis. A sentença de 32 anos e oito meses transitou em julgado em 2020.
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Em julho, foi cumprido o mandado de um homem condenado por homicídio ocorrido em 2003 na zona rural de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A sentença de 15 anos foi determinada em 2017, mas o condenado estava foragido.
O delegado destacou que o tempo não deve ser um fator favorável à impunidade, reforçando a importância de localizar e prender condenados. “A não existência de condenados impunes é o esperado em um sistema que consiga proteger os direitos do réu, da vítima e da sociedade”, afirmou.
A PCPR segue com ações para garantir que crimes antigos não permaneçam sem resposta e que condenados sejam responsabilizados conforme a lei.