O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), concluiu o novo canal em concreto do Rio da Draga em Matinhos, no Litoral. São 1.116 metros de canal fechado e 1.110 metros de canal aberto, obra que soluciona os antigos problemas de alagamentos causados pelo rio no local.
O canal é parte da obra de duplicação da PR-412 no município, que no perímetro urbano de Matinhos tem a denominação de Avenida Juscelino Kubitschek. Com essa etapa concluída, os serviços de terraplenagem e pavimentação continua avançando no trecho, com mais áreas liberadas para receber os trabalhos.
O planejamento atual é liberar totalmente o tráfego de veículos até o dia 15 de dezembro, compromisso assumido pela empreiteira responsável junto ao DER/PR e à Prefeitura de Matinhos, mesmo com as constantes chuvas das últimas semanas. O objetivo é garantir o acesso dos turistas da alta temporada aos comércios lindeiros à rodovia.
A obra tem extensão de 2,4 km, contemplando o trecho entre a Rua Pastor Elias Abrahão e a Rua Alvorada. No trecho final, a partir da Rua Apucarana, com a canalização subterrânea concluída, já é feita a terraplenagem e implantação de dispositivos de drenagem para receber o mais breve possível a camada de concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) e a sinalização rodoviária horizontal.
Os demais serviços da obra continuam em execução, incluindo implantação das calçadas para pedestres, ciclovia, sinalização vertical, semáforos e iluminação pública, devendo ser totalmente finalizados em fevereiro do ano que vem.
DESAFIOS – Obras rodoviárias em perímetro urbano são notoriamente mais complexas, tendo que balancear a execução dos serviços com um grande tráfego de veículos, tanto de longa distância quanto local, circulação de pedestres, habitações e estabelecimentos comerciais próximos à rodovia, entre outros fatores, garantindo a segurança de usuários e trabalhadores. No caso da duplicação da Avenida JK em Matinhos a complexidade e os desafios foram ainda maiores do que o esperado.
A obra teve início em 2018, quando foi assinado convênio entre o DER/PR e o município. O documento previa que o DER/PR ficaria responsável pela licitação e execução da obra, cabendo ao município fornecer o projeto executivo de engenharia, bem como fazer o levantamento fundiário e legalização das áreas necessárias para a obra, entre outras responsabilidades.
A obra chegou a ser licitada e contratada no final daquele ano, mas foi paralisada até 2020, enquanto a prefeitura providenciava desapropriações. Elas não chegaram a ser todas realizadas na ocasião, mas o volume já permitia o início dos trabalhos.
Ao longo da obra de duplicação, foi necessário lidar com um grande número de interferências nos locais escavados para implantação da nova pista: as redes de água, esgoto e energia elétrica, que precisam ser remanejadas para permitir o avanço dos serviços, mas que somente podem ser movidas pelas concessionárias de água e energia responsáveis.
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O projeto também precisou ser modificado quando já estava em execução. Por exemplo, foi alterada a solução prevista no entroncamento entre a Avenida JK e a Avenida Paraná, sendo necessário conectar os dispositivos dos dois canais em obras no local, garantindo a sua interligação; e, mais recentemente, devido à grande quantidade de desapropriações pendentes após a Rua Alvorada, foi decidido em comum acordo entre todos os envolvidos que, no trecho, a obra seria modificada de canal a céu aberto para uma galeria subterrânea, e que em vez de duplicação seria realizada no local a restauração do pavimento existente, além das demais melhorias previstas, como ciclovia, passeios e iluminação.