O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) iniciou na manhã desta sexta-feira (22) a interdição provisória da PRC-476 em União da Vitória, na região Sul. O trecho bloqueado vai do km 363+300 ao km 363+700, sendo ponto de queda de barreiras. A medida é preventiva, devido à instabilidade do maciço rochoso próximo à rodovia e risco aos usuários.
A interdição atende um relatório da Defesa Civil, que aponta o trecho como de risco muito alto de queda de material e rolamento de blocos, colocando em risco o tráfego de veículos em ambas as faixas, e solicitações de outros órgãos, como Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR).
Além de barreiras físicas restringindo o acesso, foram instaladas placas provisórias alertando os condutores e orientando quanto a opções de rotas alternativas:
- Veículos leves podem utilizar a Rua Leandro Muzzolon, por onde é proibido o trânsito de veículos pesados.
- Veículos pesados devem utilizar a BR-153 para acessar a PRC-466 e o bairro Dona Mercedes.
QUEDAS – Em 20 de janeiro foi registrada a primeira queda de materiais no local, incluindo rochas de grande porte, que deixaram a rodovia em meia pista até serem removidas. No dia 24 do mesmo mês aconteceu a segunda queda de barreira, e a terceira em 12 de março, com solo e vegetação se desprendendo da encosta.
O DER/PR monitora o local por meio de levantamentos topográfico e visual para acompanhar qualquer alteração nas rochas. Também realiza estudos geológicos e geotécnicos que vão embasar uma análise das características do maciço, garantindo a definição da melhor solução de contenção e estabilização.
O objetivo é retomar a trafegabilidade com segurança para o usuário e de forma célere, com previsão de contratação emergencial dos serviços necessários.
RODOVIAS – O acesso a União da Vitória pela ponte Manoel Ribas é feito pelas rodovias PRC-466 e PRC-476, ambas implantadas junto a um maciço rochoso formado principalmente por arenito e siltito, propenso a sofrer fraturas. O problema é agravado pelas fortes chuvas que atingiram o Paraná nos últimos meses, causando alagamentos, danos no pavimento de rodovias e quedas de barreira em várias regiões.
Enquanto em anos interiores a queda de rochas estava concentrada na PRC-466, em 2024 tiveram início as quedas também na PRC-476, levando ao atual bloqueio.
Trechos das duas rodovias próximo à ponte operam em meia pista com sistema pare-e-siga durante o dia e com semáforos no período noturno, devido a danos mais antigos no maciço, mas sem a mesma instabilidade do trecho interditado.