A Força-Tarefa Infância Segura, criada pela Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, reuniu nesta terça-feira (19) cerca de 600 pessoas de 205 municípios em um curso, transmitido via webconferência, para a formação interdisciplinar de profissionais do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná.
“Nosso objetivo é trabalhar sempre para proteger crianças e adolescentes, estejam eles em situação de risco ou em condição de vulnerabilidade, inclusive numa perspectiva preventiva”, disse o secretário da Justiça, Ney Leprevost.
Com dois dias de duração – outra etapa será em 10 de dezembro – o curso abrange os módulos Pacto Infância Segura e as atribuições dos órgãos vinculados ao programa; Fundamentos Jurídicos das Políticas de Proteção à Criança e o Adolescente; e Violência contra crianças e adolescentes.
“Nosso desafio é trabalhar com compromisso pela causa da infância e da juventude, em parceria com os órgãos públicos do sistema judiciário; as polícias militar, civil e federal; os conselhos tutelares; as entidades de defesa de direitos humanos; os conselhos dos direitos de crianças e adolescentes e os diversos outros conselhos que atuam na discussão, formulação e controle de políticas públicas”, afirmou Felipe Hayashi, chefe do Departamento de Justiça da secretaria estadual e coordenador da Força-Tarefa Infância Segura no Paraná.
O curso é organizado juntamente com a Escola de Educação em Direitos Humanos. Por meio de parceria com a Secretaria de Saúde, nove Regionais de Saúde do Estado também transmitem o conteúdo porque o número de profissionais interessados excedeu à capacidade das salas dos Escritórios Regionais da Secretaria da Justiça.
Para Michele Zardo, do Ministério Público, esta é uma ação histórica. “As vésperas de comemorar os 30 anos de Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), podemos contar com um programa que efetivamente realiza o enfrentamento real da violência contra crianças e adolescentes”, disse.
A médica pediatra Iolanda Navadzki, da Secretaria de Estado da Saúde, destacou que muitas vezes o sistema de saúde é a porta de entrada da violência de crianças e adolescentes. “A violência causa vulnerabilidade, com danos físicos e psicológicos, além de prejudicar o crescimento, o desenvolvimento e a maturação neurológica”, explicou.