Os 11 terminais que operam no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá (Corex) registraram movimentação 6% maior em julho deste ano, comparado ao mesmo período de 2020. Neste ano, nos 31 dias do mês, 1.929.157 toneladas de graneis sólidos de exportação foram embarcadas pelo complexo, ante 1.819.851 toneladas no ano anterior.
O volume de soja exportada foi o que puxou a alta. Em julho, neste ano, 1.618.249 toneladas do produto foram exportadas pelo complexo – 22,34% a mais que as 1.322.721 toneladas embarcadas no mesmo mês em 2020.
“Neste ano, a exportação de soja ocorre de maneira diferente de como projetamos no início do ano. Está mais distribuída no tempo, o que indica que o exportador está sempre esperando a melhor oportunidade de negócio”, comenta o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.
Apesar do volume mais expressivo de soja embarcado no último mês de julho, os embarques estão mais ágeis. Como afirma Teixeira, os navios têm chegado e atracado para carregar sem formação de filas, como ocorria nos anos anteriores.
“O Corredor de Exportação opera com eficiência devido a um conjunto de ações e investimentos que vão do público ao privado”, diz o diretor.
Além da soja em grão, pelos três berços que integram o Corex são exportados também farelo de soja, milho e, em menor volume e com menos frequência, trigo. Neste ano, nos 31 dias de julho, 310.907 toneladas de farelo de soja foram embarcadas pelos terminais do Corredor Leste. No mês, não houve embarque de milho nem trigo.
TERMINAIS – Integram o Corex, além dos dois silos públicos (horizontal e vertical), os terminais da AGTL, Cargill, Cimbessul, Centro Sul, Coamo, Cotriguaçu, Interalli, Louis Dreyfus e Rocha.
Em julho de 2021, os que embarcaram em maior volume foram a Cotriguaçu (343.327 toneladas, 14,4% a mais que o registrado no mês, em 2020), Dreyfus (253.810 toneladas) e Rocha (249.641 toneladas, 63,42% a mais do que em julho de 2020).
NAVIOS – Com mais navios carregados pelo complexo no último mês de julho, os terminais e operadores do Corredor de Exportação Leste registraram tempos operacionais menores e melhor produtividade, na comparação a julho de 2020.
Em 2021, no mês, foram 33 navios carregados, cinco a mais que em julho do ano passado. A média de dias que um navio passou atracado em um dos berços do corredor foi de 2,25 dias. O tempo de espera pela atracação foi de 8,38 dias. A estadia da embarcação no porto (desde a chegada até a partida, contando o tempo de operação) foi de 10,63 dias. Em média, por hora, o embarque somou 1.082,41 toneladas.
Em julho de 2020 foram 28 navios carregados. O tempo médio de atracação somou 3,21 dias. O período de espera pela atracação, 28,67 dias; e de estadia, 31,88 dias. Em média, por hora, foram embarcadas 843,35 toneladas.
Para o gerente de Operações, Gilmar Francener, o ganho de produtividade do Corex em julho deste ano é resultado da gestão operacional, alcançado pela otimização dos tempos. “Esse resultado confirma que as ações adotadas para o aumento de produtividade e redução dos tempos são eficientes e produzirão ganhos contínuos para o porto”, afirma.
Ainda de acordo com o gerente, outros dois fatores também contribuíram para esse desempenho. “Em julho tivemos apenas dois dias de chuva. Em 2020, no mesmo mês, foram seis”, afirma. O tipo de produto, segundo ele, também colaborou. “A soja, pela característica do produto, flui melhor no embarque o que resulta em menores tempos”, completa.
ACUMULADO – Pelo Corredor Leste, de janeiro a julho deste ano, foram embarcadas 10.933.710 toneladas de granéis sólidos para exportação. De soja, 7.679.977 toneladas exportadas; de farelo, 2.648.195 toneladas. No período, 14 mil toneladas de trigo foram exportadas pelo complexo. De milho, 591.538 toneladas.
Em 2020, no mesmo período, a exportação somou 12.924.748 toneladas de grãos e farelo. De soja 9.772.707 toneladas; de farelo 2.792.813 toneladas; de milho 359.228 toneladas. Não houve embarque de trigo no período.