A Copel e o Sistema Fiep assinaram nesta terça-feira (4), em Curitiba, um termo de cooperação entre as duas instituições para a construção do Mapa Energético do Paraná. A intenção é reunir dados e informações sobre a produção, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica no Estado e traçar um perfil do crescimento previsto para os próximos 10 anos.
O presidente da Copel, Daniel Slaviero, destacou que a iniciativa é algo inédito no Brasil e será referência para outros estados. “Essa parceria com visão de longo prazo certamente vai ajudar no processo de desenvolvimento do nosso estado e de outras unidades da Federação”, disse.
Ele ressaltou que o PIB do Paraná cresceu o dobro da média nacional em 2023, com alta de 5,8%, e que esse resultado não aconteceu por acaso. “Um desempenho assim não acontece sem energia e sem o arrojo do empresário. Temos um grande desafio com as questões climáticas, mas temos muitas oportunidades de melhoria. Vamos trabalhar juntos nesse projeto, nos próximos 12 meses, para nos prepararmos ainda mais para atendermos este crescimento exponencial do Paraná”, afirmou.
O presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, falou sobre a receptividade da companhia em se abrir ao diálogo com o setor produtivo e estabelecer esta parceria. “Tratar de temas que são grandes desafios para o crescimento da indústria é necessário e fundamental. Temos um debate em curso e agora daremos um grande passo para avançarmos nas demandas energéticas do setor”, disse.
Após a assinatura do documento, o diretor de Novos Negócios da Copel, Cássio Santana da Silva, apresentou as iniciativas da companhia para construção do Mapa Energético do Paraná. Em seguida, o diretor de distribuição da Companhia, Maximiliano Orfali, citou os investimentos da empresa nos últimos anos e os projetos que estão previstos para os próximos meses.
O evento contou com a presença de mais de 60 lideranças industriais, membros da diretoria da Fiep e presidentes de sindicatos de diversas regiões do Estado.
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MAPA ENERGÉTICO – O mapa vai concentrar informações visuais e dados para análise da estrutura e evolução da matriz energética do Estado e vai subsidiar estudos de planejamento, política energética e análise de investimentos públicos e privados. Para ser realizado, o projeto vai receber R$ 469 mil em investimentos, sendo metade da Copel e metade da Fiep.
O objetivo do mapa energético é trazer benefícios para a população e, principalmente, para o setor produtivo. Isso porque, com as informações, a Copel poderá antecipar as necessidades de investimento para dar suporte ao crescimento do Paraná e, dessa forma, planejar novos investimentos para fornecer energia com ainda mais qualidade em cada região. Esse benefício contempla principalmente o setor agroindustrial, que também terá informações detalhadas sobre a disponibilidade de energia, podendo planejar com eficiência onde investir e gerar empregos e riqueza.
Na parceria, a Copel ficará responsável por fornecer informações sobre a matriz energética do Paraná e seu potencial de desenvolvimento, proporcionando subsídios para o planejamento da indústria, para seu processo de expansão e, concomitantemente, para a própria Copel e suas subsidiárias, que poderão planejar a expansão do sistema e potenciais análises de oportunidades de negócio.
A Companhia será, ainda, responsável por fazer a gestão estratégica das informações coletadas e permitir que novos negócios que impactem as atividades da Copel possam ser planejados com eficiência e redução de riscos. A empresa também vai gerenciar a coleta e análise de dados e disseminação das informações obtidas no setor elétrico, realizar estudos de cenários do seu ambiente de negócios, e monitorar movimentos e tendências nos mercados em que atua.
A Fiep, por meio do Conselho Temático de Energia, fará o levantamento de informações junto ao setor produtivo, com pesquisa de projeções de consumo dos principais consumidores de energia para os próximos 10 anos. A instituição também realizará uma ampla pesquisa sobre o cenário atual e a previsão de consumo de energia nos próximos 10 anos na região. Essas informações vão ajudar a prever o consumo de novos entrantes, os investimentos que devem ser feitos no curto, médio e longo prazo e o potencial para adoção de outras fontes renováveis de energia.