Copel conclui nova linha de energia que conecta Paraná e Santa Catarina

Investimento total no projeto foi de R$ 192 milhões. Linha já entrou em operação e conecta as subestações Curitiba Leste e Blumenau. Paraná pode receber mais energia do Rio Grande do Sul e SC para consumo no Estado ou exportação para o Sudeste.
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29/03/2021 - 17:50
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A Copel colocou em operação neste domingo (28) a nova linha de transmissão de energia que conecta as subestações Curitiba Leste (PR) e Blumenau (SC). O investimento total no projeto foi de R$ 192 milhões.

“Com a entrada dessa linha, o Paraná pode receber mais energia elétrica proveniente do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para consumo no Estado ou exportação para o Sudeste através de outras interligações”, explica o diretor geral da Copel Geração e Transmissão, Moacir Carlos Bertol.

“A região Leste de Santa Catarina também é beneficiada com uma alternativa de suprimento, reduzindo a dependência da operação da Usina Termelétrica Jorge Lacerda para atendimento da demanda por energia”, completa o executivo.

A rede tem 144 quilômetros de extensão e opera em 525 kV – tensão extra-alta, que permite o transporte da eletricidade por longas distâncias. A implantação demandou a montagem de 279 torres metálicas para sustentação de 1.728 quilômetrios de cabos elétricos. O empreendimento integra o pacote de obras do Lote E, arrematado pela Copel no leilão Aneel 005/2015 e vai gerar uma receita anual (RAP) para a empresa superior a R$ 31 milhões.

DRONES – Para vencer o desafio de instalação da linha, que atravessa regiões de serra e mata fechada, a passagem de cabos foi feita com a ajuda de drones – uma técnica que aumenta a velocidade e a segurança do trabalho, além de evitar abertura de clareiras na mata.

Geralmente, para uma linha de transmissão desse porte, seria necessário abrir corredores de três a quatro metros de largura na vegetação para entrada de equipes com materiais e equipamentos usados no lançamento manual do cabo piloto, que conduz a instalação dos cabos elétricos. 

Como os drones têm limitação de carga, eles são usados para lançar um fio de nylon com cerca de três milímetros de diâmetro, que funciona como primeiro guia para puxar cordas mais pesadas, depois o cabo-piloto de aço e, por fim, os cabos condutores de energia. 

O trabalho inicial de lançamento com drones exige bastante precisão, já que eles precisam acomodar o fio de nylon no local correto de cada uma das torres, sendo que elas ficam bem distantes umas das outras. Nessa linha de transmissão a maior distância entre duas torres chega a 1,7 quilômetro. 

Copel avança na ampliação e modernização das instalações de transmissão no Paraná

A Copel também avança no plano de investimentos para ampliação e modernização das instalações de transmissão no Paraná. Este ano, a subestação Umbará, localizada em Curitiba, e a subestação Ponta Grossa Sul, tiveram a capacidade ampliada com a entrada em operação de novos transformadores. 

Em Ponta Grossa, o recém-instalado transformador de 225 megavolt-ampères (MVA) permitiu a desativação de dois equipamentos antigos, de 50 e 75 MVA. E deve ser concluída, em maio deste ano, a instalação de mais um transformador de 225 MVA. Quando essa segunda etapa for encerrada a subestação terá três vezes mais potência de transformação, se comparada à configuração original.

O investimento total no projeto é de R$ 24 milhões e vai permitir o pleno atendimento ao crescimento de carga na região Central do Estado pelos próximos anos.

O transformador que acaba de ser entregue em Ponta Grossa, o primeiro desse porte que a Copel coloca em operação no Paraná, está entre os maiores transformadores trifásicos 230 kV em operação no País. Equipamentos semelhantes serão instalados nas subestações Pato Branco e Guaíra.

Em Curitiba, o novo transformador de Umbará substitui o original, instalado em 1978 e que já estava no limite da vida útil. A atualização aumenta a confiabilidade do atendimento à rede que abastece residências e grandes indústrias da região, reduzindo o risco de falhas e cortes de carga ao Sul de Curitiba e Araucária. O equipamento tem 150 MVA de potência e rebaixa a tensão da energia que chega pela rede de 230 kV para que possa ser distribuída pela rede de 69 kV. O investimento nessa melhoria foi da ordem de R$ 10,8 milhões.

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