A umidade dos grãos é um aspecto importante na qualidade da colheita, pois influencia o peso e, por consequência, o preço de mercado do produto. Grãos muito úmidos podem gerar perdas por deterioração, enquanto grãos muito secos podem perder valor nutritivo e comercial. Essa é a mensagem que o Laboratório de Cascavel do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR) transmite a produtores rurais, técnicos, engenheiros agrônomos entre outros visitantes do Show Rural Coopavel, evento que segue até sexta-feira (09), em Cascavel.
O estande da entidade está fazendo demonstrações e expondo equipamentos de controle de umidade, em parceria com a empresa Motomco. A padronização técnica dos equipamentos usados para medir o teor de umidade dos grãos eliminou conflitos antigos que ocorriam entre compradores e vendedores de grãos nessa etapa do processo. A portaria do Inmetro que definiu as especificações para medidores de umidade de grãos utilizados em transações comerciais já fez dez anos.
O diretor presidente do Ipem-PR, César Mello, destacou que o uso correto de aparelhos no controle de umidade dos grãos assegura o comércio justo e a concorrência leal, protegendo o produtor e o cerealista que respeita a legislação. "O Ipem trabalha para que o mercado trabalhe dentro das regras, o que aumenta o reconhecimento nacional e internacional dos produtos paranaenses", afirmou.
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O supervisor do Laboratório do Ipem de Cascavel, Celso Antonio Claser, disse que a cadeia produtiva se profissionaliza cada vez mais, buscando novas tecnologias e aprimorando as transações comerciais. “Isso traz transparências às medições, tanto para o produtor quanto para os compradores”, afirmou. “A importância da transparência na comercialização de grãos é o que nos motiva a reforçar essa ideia no Show Rural”.
O engenheiro agrônomo da Loc Solution/Motomco, Roney Smolareck, disse que os medidores de umidade verificam a quantidade de água contida internamente nos grãos como soja, trigo, milho, cevada, canola, aveia e feijão. “Os grãos são comercializados em unidades de peso, portanto, a quantidade de água presente no grão pode afetar seu peso e, consequentemente, seu valor comercial. Em um rápido exemplo podemos dimensionar os prejuízos. Um erro de 1% em 100 mil toneladas de grãos resulta em 1 mil toneladas de perda ou ganho”, complementou.