Nos primeiros 40 dias de atuação, a Operação de Contingência à Covid-19 contabilizou 195.633 mil aferições de temperatura de trabalhadores e caminhoneiros que entraram no Pátio de Triagem ou no Porto de Paranaguá. São quase 4,9 mil por dia, num esforço concentrado para evitar a presença do novo coronavírus no ambiente portuário.
Essa é uma das ações que, junto com as medidas de higiene e limpeza e das campanhas internas de conscientização, faz com que a atividade essencial desenvolvida pela empresa Portos do Paraná se mantenha plena e até bata recordes sem ser afetada pela pandemia
“No início recebemos uma grande pressão de que o ambiente portuário seria um proliferador da Covid-19, mas os números mostram poucos casos na região. Até o momento, o que sabemos é que nenhum dos casos de positivos no litoral paranaense teve origem na atividade portuária”, destaca o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Segundo ele, esse resultado comprova o esforço que a empresa teve no zelo pela saúde e controle dos trabalhadores que circulam pelo porto. “Desde antes da decretação da pandemia, estabelecemos protocolos de controle para a chegada de tripulação estrangeira, aumentamos as campanhas internas e também a limpeza e higienização dos pontos de acesso dos trabalhadores portuários para evitar o contágio”, aponta o dirigente.
De acordo com os dados apurados pela Seção de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmet) da Portos do Paraná, foram 79.668 aferições no Pátio de Triagem e 115.965 na Faixa Portuária.
“Essa aferição da temperatura é uma garantia para o trabalhador e a população parnanguara que nós temos que filtrar e assegurar que a disseminação da doença não ocorra dentro do ambiente de trabalho. Se a pessoa apresenta uma temperatura elevada, não é autorizada a entrar e passa por uma triagem com profissionais da saúde”, explica o diretor de Meio Ambiente, João Paulo Santana.
Santana informa que apenas 0,002% das quase 196 mil pessoas atendidas de 25 de março a 4 de maio precisaram ser encaminhadas para investigação. “Em decorrência dessa porcentagem pequena, o balanço é extremamente positivo no porto e aponta que o que nós fizemos de contingência e atendimento está funcionando, que estamos garantindo um ambiente de trabalho saudável para o portuário, para a comunidade portuária e para a população parnanguara”, analisa Santana.
NA PRÁTICA - Além da aferição de temperatura, nesse processo foram comprados, através de processo simplificado, 2.340 litros de álcool em gel; 144 litros de sabonete de clorexidina 2% (usados em ambientes hospitalares); 2,5 mil pares de luvas de latex; 24 estruturas metálicas (tendas, cabines, pisos e biombos de isolamento); 200 metros lineares de grades de isolamento; manutenção de 32 chuveiros para os caminhoneiros; instalação de 34 lavatórios provisórios; 18 dispenseres de sabonete líquido; 200 fardos de papel toalha; 1.000 sacos de lixo; locação de 40 espaços de higienização.